O temporal que atingiu a cidade de Colatina, no noroeste do Espírito Santo, entre o final da madrugada e início da manhã desta sexta-feira (15), ocorreu devido a uma rápida passagem de uma frente fria pelo oceano. Durante a tempestade, a formação de uma nuvem denominado “cumulonimbus” chamou a atenção de moradores da região.
O Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural explicou que nesse tipo de nuvem de tempestade, é comum ocorrer chuva acompanhada de fortes rajadas de vento.
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“A partir das imagens de satélite, observamos o desenvolvimento de um núcleo de tempestade sob o Espírito Santo, denominado de nuvem cumulonimbus, na região próxima ao município de Colatina e Marilândia, entre a madrugada e o começo da manhã do dia 15/09/2023. A formação deste tipo de nuvem se deve a passagem da frente fria, entre a noite do dia 14/09 e 15/09”, explicou o Incaper.
Segundo o Incaper, neste caso em particular, devido a configuração da nuvens, é possível dizer que o que provocou fortes rajadas de vento foi um downburst, ou microexplosão, que são basicamente correntes de ar extremamente fortes que se desprendem da base de algumas nuvens cumulonimbus.
“Apesar dos fortes ventos que atingiram a região, na estação meteorológica instalada na fazenda do Incaper em Marilândia, as rajadas de vento observadas durante a madrugada, não ultrapassaram os 20 km/h naquele local”, afirmou o órgão.
É característico dos downburst, ou microexplosão, atingirem com fortes rajadas de vento, uma área de alguns quilômetros de raio. Desta forma, os ventos que saem da base da nuvem são registrado por equipamento de medição meteorológica mais distante.