“Em outro momento, para breve, vamos sugerir e oferecer subsídios para que a Assembleia Legislativa do Estado possa criar uma Lei que estabeleça critérios rigorosos para o funcionamento dessas casas. O objetivo é que o Espírito Santo não repita tragédias como esta, que vitimou mais de 230 jovens, muitos deles estudantes de engenharia naquela cidade universitária do sul do país” – disse Helder, que já solicitou audiência com o comando do Corpo de Bombeiros.
Lamentando as mortes em Santa Maria, o presidente do Crea-ES quer contribuir para que o Espírito Santo disponha a partir de agora, uma cultura mais elevada no que diz respeito à segurança nos eventos e casas de shows. “Muitos irão reclamar, dizendo-se perseguidos, mas estamos certos de estar oferecendo o melhor para a segurança no funcionamento desses estabelecimentos que visam entretenimento e diversão” – disse Helder Carnielli.
Ele ainda acrescentou que “mesmo antes da tragédia em Santa Maria, qualquer pai de família certamente já teve alguma preocupação com seus filhos em eventos de festas ou entretenimentos em locais como parques de diversão, casas de shows e espetáculos, arenas esportivas, hotéis, boates, estádios de futebol e outros, onde se aglomeram centenas ou milhares de pessoas” – ponderou o presidente.
Para ele, “existe a fiscalização, mas temos de reconhecer que é precária por parte de todos os órgãos responsáveis. O que estou propondo é uma revisão desses procedimentos, adequando-os e modernizando-os pelo bem comum. Nenhum de nós dormirá em paz se, depois da tragédia no rio Grande do Sul, ocorrer fato idêntico em nosso Estado” – comentou Carnielli.
Para o presidente do Crea-ES, o Espírito Santo poderá se tornar um modelo nacional de fiscalização se todos os órgãos envolvidos tiverem interesse. “Nós, do Crea, já estamos nos colocando à disposição para oferecer subsídios e ajudar na fiscalização, contribuindo com os órgãos e a sociedade de modo geral” – argumentou. Para ele, é inconcebível falhas como o não funcionamento de extintores de incêndio, e funcionários e operadores mau preparados para evitar o agravamento da situação, como ocorreu no Sul.
Redação Portal Ouro Negro