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Corpo da quarta vítima de ataque a escolas de Aracruz é velado na Serra

27 nov 2022 - 14:11

Redação Em Dia ES

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Flávia Amboss Merçon Leonardo era professora da escola Primo Bitti e teve a morte confirmada pela Sesa neste sábado
O corpo da professora Flávia Amboss Mercon Leonardo, é velado na manhã deste domingo (27) em um cemitério da Serra. Foto: Montagem/Rodrigo Schereder/Arquivo Pessoal

Familiares e amigos se despedem neste domingo (27) da professora Flávia Amboss Mercon Leonardo, no Norte do Espírito Santo. Ela foi a quarta vítima fatal do ataque do atirador de 16 anos e teve a morte confirmada na tarde de sábado (26).

Segundo a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), Flávia foi atendida ainda em Aracruz pelo Samu e transferida para o Hospital Estadual Dr. Jayme dos Santos Neves, na Serra. Na tarde deste sábado, Flávia não resistiu e faleceu.

O governador do Espírito Santo, Renato Casagrande, esteve no velório e lamentou mais uma morte após a tragédia. Renato Casagrande também enviou uma coroa de flores em homenagem à professora.

“É uma tragédia que a gente jamais imaginava que iria acontecer. Para nós é um momento de muita tristeza que nos leva a refletir sobre o ambiente punitivo que estávamos vivendo de violência, que exige que a gente possa trabalhar uma cultura de paz, que a gente consiga reverter essa facilidade de acesso as armas”, disse.

Amigos de Flávia do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) no Espírito Santo, do qual a professora era integrante, falaram sobre a perda da colega companheira do movimento que pede reparação dos impactos no Rio Doce do rompimento da barragem da Samarco em Mariana, ocorrido há sete anos.

Eles destacaram o quanto Flávia era estudiosa e lembraram que ela tinha acabado de finalizar o doutorado em Sociologia, na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

Heider Boza, coordenador do MAB, disse que todos os colegas estão chocados com o atentado e lembrou que Flávia era uma pessoa muito responsável, ética, correta e dedicada ao trabalho. Ela integrou o MAB porque quando ocorreu o rompimento, em 2015, Flávia e o companheiro viviam em Regência, litoral de Linhares, na foz do Rio Doce e tinha arrendado uma pousada já poucos meses.

“Ela estava muito feliz. Defender o doutorado não é uma coisa pequena. É uma perda irreparável. A gente sente muito. Ele era uma militante muito comprometida, contribui na organização das pessoas atingidas no Estado”, disse Marcus Tadeu, um dos membros do Movimento dos Atingidos pela Barragem.

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Atualizado: 27/11/2022 14:12

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