Cerca de duzentas pessoas do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) ocuparam uma propriedade da empresa fabricante de papel e celulose Suzano, em Aracruz, norte do Espírito Santo. De acordo com o MST, a área seria patrimônio do governo do estado e estaria sendo usada há anos pela empresa.
“A informação partiu do IDAF (Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal) na qual aponta que a Aracruz Celulose, atual Suzano, grila terra no estado há mais de três décadas, nos municípios de Serra, Aracruz, Linhares, São Mateus e Conceição da Barra. Chegando no total de mais de 11 mil hectares”, diz um comunicado do MST.
“Queremos essas áreas para a Reforma Agrária, produzir alimentos saudáveis e acabar com a fome. Essas áreas podem assentar mais de mil famílias, se o governo do estado através do Incra destinar a criação de assentamento da reforma agrária.”
Suzano afirma que acionou a justiça.
Em nota, a assessoria de comunicação da empresa Suzano informou:
“Fomos surpreendidos com a invasão, por parte do MST, de outras duas áreas produtivas da Suzano no dia de hoje, no estado do Espírito Santo, mesmo em um contexto de diálogo e construção de convergência entre as partes.
A Suzano já ingressou com a ação judicial buscando a reintegração de sua posse, e aguardamos a decisão favorável confirmando, mais uma vez, a ilegalidade das invasões do Movimento às áreas da Suzano.
Cabe reforçar que a empresa cumpre integralmente as legislações ambientais e trabalhistas aplicáveis às áreas em que mantém atividades, tendo como premissas em suas operações o desenvolvimento sustentável e a geração de valor e renda, reforçando assim seu compromisso com as comunidades locais e com o meio ambiente. Também reafirma a importância da Constituição, do direito à propriedade privada e da manutenção do Estado de Direito”, disse a nota.