O apagão cibernético global tem causado transtornos nos principais aeroportos ao redor do mundo nesta sexta-feira (19). No Aeroporto de Vitória, por exemplo, as companhias aéreas Azul e Latam estão conduzindo os processos de check-in, etiquetagem e embarque de forma manual.
Segundo a Zurich Airport Brasil, concessionária responsável pela administração do terminal capixaba, o processo manual aumenta o tempo desses procedimentos, o que pode ocasionar atrasos.
“A Zurich Airport Brasil, concessionária que administra o Aeroporto de Vitória informa que, neste momento, as companhias aéreas Azul e Latam estão realizando os processos de check-in, etiquetagem de bagagem e embarque de forma manual, o que aumenta o tempo desses procedimentos e pode ocasionar atrasos. Orientamos os passageiros que cheguem mais cedo no aeroporto”, diz a nota.
Procurada pela reportagem, a companhia aérea Gol informou que os sistemas e as operações nos aeroportos não sofreram impactos até o momento.
Já a Azul, informou que devido a intermitência no serviço global de Tecnologia da Informação, que impacta diretamente o sistema de reservas e operação na aviação mundial, alguns voos podem sofrer atrasos pontuais.
“A recomendação é que os clientes, que possuem voo hoje e ainda não realizaram o check-in, cheguem ao aeroporto mais cedo e dirijam-se ao balcão de atendimento da Companhia. A Azul lamenta eventuais transtornos causados aos clientes”, diz a nota.
O que é o apagão cibernético global?
O apagão cibernético mundial foi causado por uma falha em um software de cibersegurança da empresa americana CrowdStrike.
O problema técnico tem relação com os computadores da empresa, que informou ter tomado conhecimento de falhas em um sensor do sistema operacional Windows, da Microsoft.
Além de afetar as operações de instituições no exterior, a falha também atinge sistemas de transporte, redes de televisão, operadoras ferroviárias, além de outros setores da economia.
Até o momento, não há indícios de que o apagão esteja relacionado a um ataque hacker. A interrupção foi atribuída à CrowdStrike, uma empresa de segurança cibernética cujo software é usado por dezenas de indústrias ao redor do mundo para proteger contra hackers e violações externas.
Falhas em aplicativos de bancos no Brasil
Aplicativos de bancos brasileiros também apresentaram falhas na manhã desta sexta-feira (19). Ainda não se sabe, no entanto, se as falhas nos bancos do País têm relação com o apagão global.
Relatos feitos na plataforma Downdetector, que reúne notificações de usuários, dão conta de problemas no acesso dos aplicativos de ao menos quatro bancos. As notificações ganharam tração após às 6h, horário em que os relatos sobre o apagão global começaram.
Problema foi identificado e está sendo corrigido
O CEO da CrowdStrike, empresa americana de cibersegurança por trás da falha, informou que o problema de software que deflagrou o apagão foi identificado e está sendo corrigido.
“A CrowdStrike está trabalhando ativamente com os clientes afetados por uma falha encontrada em uma atualização de conteúdo dos usuários do Windows”, disse o CEO da CrowdStrike, George Kurtz, na rede social X (antigo Twitter), referindo-se ao sistema operacional da Microsoft. “O problema foi identificado, isolado e uma correção foi aplicada.”
