Em resposta ao agravamento da situação hídrica, o Governo do Espírito Santo anunciou nesta quinta-feira (7) uma série de medidas emergenciais para enfrentar a estiagem que assola o estado. O alerta de estiagem foi decretado, devido ao aumento do risco de déficit hídrico nos rios capixabas.
Durante uma coletiva de imprensa, representantes do governo destacaram a necessidade de ações imediatas para preservar os recursos hídricos da região. O diretor-presidente da Agência Estadual de Recursos Hídricos (Agerh), Fábio Ahnert, explicou a transição das recomendações para medidas obrigatórias.
“Com a piora do quadro, a Agerh publica agora uma resolução de estado de alerta. A principal mudança é que o que antes era uma recomendação passa a ser agora uma obrigatoriedade”, afirmou Ahnert.
As medidas abrangem diferentes setores, desde a agricultura até as companhias de água e esgoto, visando reduzir o consumo e preservar os recursos hídricos do estado. Dentre as ações, destacam-se:
Restrições na Agricultura:
– Uso preferencial do período noturno para irrigação, com exceções para captações em cursos de água superficiais destinadas a certos cultivos e práticas específicas.
Prefeituras Municipais:
– Proibição e penalização de atividades reconhecidas como desperdício de água, como lavagem de vidraças, fachadas, calçadas, pisos, muros e veículos, irrigação de gramados e jardins, resfriamento de telhados, entre outras.
Companhias de Água e Esgoto:
– Adoção de medidas para priorizar o uso da água para consumo humano e dessedentação animal.
– Desenvolvimento imediato de ações para adaptação ao estado de alerta, visando a redução do consumo diário médio de água.
– Implementação de medidas para redução de perdas e tempo de atendimento a solicitações de reparos e vazamentos nas redes.
O governo ressaltou que, apesar das medidas adotadas, não considera a situação como racionamento, mas sim como a implementação de ações preventivas e de conscientização para preservar os recursos hídricos do estado.
Participaram da coletiva de imprensa representantes de órgãos como a Defesa Civil, Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal (Idaf), Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Iema), Cesan, Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper), Secretaria de Estado da Agricultura (Seag) e Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Seama).