Logo na chegada, o preferido da torcida são-paulina já mudou o tom utilizado pelo antecessor e mandou um recado direto para os jogadores.
– É um momento que nunca vimos o São Paulo passar. O clube não tem essa experiência. Precisamos de menos discurso e muito trabalho. Os jogadores precisam entender que não existe ninguém mais importante que o clube e eles têm que abrir mão de algumas coisas para tirar o São Paulo dessa situação.
Ídolo da equipe e acusado por Ney Franco de interferir muito no clube, Rogério Ceni também foi citado por Muricy. Para ele, é exagero dizer que o goleiro influencia nas decisões da diretoria.
– Eu conheço o Rogério desde garoto. Eu fui o primeiro treinador com quem ele fez gol de falta. Sei qual é a personalidade dele. É muito profissional. É exagero dizer que ele tem muita influência aqui no São Paulo. Ele tem sim influência com os jogadores e é respeitado. Mas ele sabe até onde pode ir.
Sobre ter sido preterido por Paulo Autuori após a saída de Ney Franco, em julho, Muricy disse que não guarda mágoas da diretoria são-paulina. Foi simples e direto. Já Adalberto Baptista, o único representante da cúpula do clube na coletiva de apresentação, falou sobre o passado do técnico e citou o comportamento de Muricy fora do campo para fazer uma brincadeira.
– O nome mais ajustado para o nosso momento é o do Muricy.Ele nos conhece bem, conhece a cultura da casa e temos absoluta confiança no trabalho dele. Ele pode reverter esse desconforto que vivemos no momento. Tenho certeza de que você está menos ranzinza do que antigamente.
Baptista aproveitou para falar sobre o trabalho de Autuori.
– Faço um elogio público ao Paulo: enfrentou grandes dificulades, saldo positivo, recuperou a forma física dos jogadores, a autoestima. Não estamos otimistas com a nossa situação, mas estamos confiantes. Por essa razão tivemos que fazer uma mudança radical para podermos recuperar a trilha do sucesso.
Fonte: Portal R7