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Com veteranos e jovens, Brasil pega a Polônia na estreia da Liga Mundial

07 jun 2013 - 13:43

Redação Em Dia ES

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Maior vencedor da história da Liga Mundial com nove títulos, o Brasil estreia na competição  em busca de seu décimo, nesta sexta-feira, contra a atual campeã, a Polônia, em Varsóvia, às 12h45m (de Brasília). E, apesar de ser favorita pela tradição, a equipe comandada por Bernardinho vive um momento de transição. Se por um lado tem atletas experientes, como Dante, Lucão, Mário Júnior e Bruninho, atuais campeões da Superliga masculina de vôlei pelo Rio de Janeiro, e Leandro Vissoto, do Ural Ufa, da Rússia. Por outro, aposta em jovens com grande potencial, como Ricardo Lucarelli, de apenas 21 anos, do Minas Tênis.

Sem os medalhões Giba, Serginho, Rodrigão e Ricardinho, o levantador Bruninho exerce um papel de liderança e busca apagar a campanha de 2012, em que o time terminou em sua pior colocação na história: sexto lugar. Apesar de ter apenas 26 anos, ele já conquistou quatro Ligas Mundiais (2006, 2007, 2009 e 2010), uma Copa do Mundo (2007) e um Campeonato Mundial (2010).

– Mais uma vez teremos um grupo muito unido, mas que estará sempre se modificando. Muitas partes do time possuem grande qualidade e essa será nossa força. Lucarelli é um exemplo disso. Apesar de muito jovem, ele já tem boa experiência. É um garoto com potencial incrível. E, por outro lado temos o Dante, que tem um caminho traçado no vôlei – disse ao site oficial da Federação Internacional de Voleibol (FIVB).

Dono do melhor saque da Superliga masculina, o meio-de-rede Lucão, de 27 anos, também é um dos mais experientes e tem papel parecido com o de Bruninho. Para ele, a mescla pode render frutos na Liga Mundial.

– Somos um grupo bem misturado, mas temos um padrão alto, o que é encorajador. Estamos ajudando um ao outro. Os novos jogadores estão dando seu máximo e isso empurra quem já estava aqui. Eu não estou acostumado a ter um papel de liderança, mas terei que mudar isso. Eu ainda tenho muito a aprender e isso vai acontecer nessa experiência com os outros jogadores – comentou o atleta, recém-contratado pelo Sesi-SP.

O oposto Leandro Vissotto também tem a função de guiar os mais jovens. Mas ele encara isso com naturalidade. Para o jogador, é especial poder ver um companheiro mais novo a crescer no vôlei.

– Temos que dar o exemplo. É um momento gostoso que estou vivendo. Talvez melhor ainda, já que, além de jogar pela seleção, posso ajudar um companheiro a crescer. Estou me sentindo muito bem nessa função – relatou ao site oficial da Confederação Brasileira de Vôlei (CBV).

Apesar de ser o número 1 do atual ranking mundial, o Brasil sofre com problemas como a recuperação do ponteiro Murilo Endres. Ele passou por uma cirurgia no tendão do bíceps do ombro direito no início de maio e ficará de seis a nove meses fora das quadras. Além disso, a última Liga Mundial não foi positiva para o país, que chegou em sexto.

A competição é disputada desde 1990, e a seleção brasileira possui nove títulos (1993, 2001, 2003, 2004, 2005, 2006, 2007, 2009 e 2010), além de três pratas e quatro bronzes. A Itália é a segunda maior campeã, com oito conquistas. Os italianos também possuem três pratas e dois bronzes. A Rússia é bicampeã, tem cinco pratas e sete bronzes. Enquanto isso, Polônia, Estados Unidos, Cuba e Holanda ganharam uma vez cada.

Nas finais em Sofia, em 2012, a Polônia, do técnico Andrea Anastasi, sagrou-se campeã da Liga Mundial pela primeira vez após derrotar os Estados Unidos por 3 a 0. Após a estreia, o Brasil a enfrentar os poloneses no domingo, em Lodz, às 15h15m. A seleção ainda encara Argentina, França, Bulgária e Estados Unidos na fase intercontinental. Os três últimos duelos são em casa, em São Paulo, Brasília e Rio de Janeiro.

A partida entra Brasil x Polônia, nesta sexta, terá transmissão ao vivo do SporTV, além de Tempo Real pelo GLOBOESPORTE.COM.

Confira a lista dos selecionados brasileiros por posição e a numeração oficial:

Levantadores: capitão Bruninho (1), William Arjona (7), Murilo Radke (17) e Raphael (20);

Opostos: Wallace (4), Leandro Vissotto (6), Théo (9) e Renan (14);

Ponteiros: Lucarelli (8), Thiago Alves (11), Lipe (12), João Paulo Bravo (15), Dante (18), Ary (21) e Maurício Borges (22);

Centrais: Isac (2), Éder (3), Sidão (5), Maurício Souza (13) e Lucão (16);

Líberos: Alan (10) e Mário Jr. (19)

Entenda a forma de disputa:

Em 2013, a Liga Mundial terá uma nova forma de disputa. Ao invés de 16 equipes, agora são dezoito, divididas em três grupos de seis seleções cada – A, B e C -, na fase intercontinental. Entre os dias 31 de maio e 7 de julho, as equipes do grupo C – Canadá, Coréia do Sul, Finlândia, Holanda, Japão* e Portugal* – fazem confrontos entre si. Na primeira rodada, a Coreia do Sul bateu o Japão duas vezes por 3 x 1. A Finlândia venceu Portugal por 3 x 0 e foi derrotada por 3 x 2. Canadá e Holanda se enfrentaram duas vezes. Cada um venceu uma em quatro sets.

Apenas o melhor desta chave se classifica para a etapa das finais, que acontece no ginásio Ilhas Malvinas, em Mar Del Plata, na Argentina, com capacidade para até oito mil espectadores. A cidade foi sede dos Jogos Pan-Americanos de 1995 e palco da definição do título da Liga de 1999.

Os grupos A (Argentina, Brasil, Bulgária, Estados Unidos, França e Polônia) e B (Alemanha, Cuba, Irã, Itália, Rússia e Sérvia) têm os 12 melhores do ranking mundial até 13 de agosto de 2012. O país-sede está na primeira chave e já tem vaga garantida na fase final. Com isso, são mais duas vagas para os dois melhores colocados do grupo A, tirando a Argentina, além dos três primeiros do B e dois do C.

Fonte: Globoesporte.com

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Atualizado: 07/06/2013 13:43

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