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Acordo entre Fla e Ronaldinho não sai, e nova audiência fica para 2013

21 nov 2012 - 10:45

Redação Em Dia ES

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O jogador do Atlético-MG também cobra R$ 15 milhões por danos morais. O novo encontro ocorrerá no dia 25 de fevereiro.

– Nada impede que as partes continuem negociando e que se chegue a um acordo antes da próxima audiência. São algumas questões em discussão, dentre elas a questão do valor. Eu diria que as partes continuam otimistas em resolver por intermédio de um acordo – disse Bichara Neto, um dos advogados do Rubro-Negro na causa.

No último dia 8, em audiência no Tribunal Regional do Trabalho do Rio de Janeiro (TRT-RJ), foi determinado o prazo de 15 dias para que as partes entrassem em acordo. Como não se chegou a um consenso nesse prazo, está marcada a segunda audiência. Na ocasião, Ronaldinho Gaúcho deixou o tribunal sorridente, mesmo em meio a muita confusão, e disse que, por ele, haveria acordo.

A partir daí, os advogados iniciaram uma rodada de negociações. Segundo uma das partes envolvidas, os valores propostos pelo clube e pelo atleta continuam distantes. Os rubro-negros pretendem chegar, no máximo, a R$ 11 milhões para encerrar a questão. O clube sugeriu duas parcelas de R$ 5,5 milhões, sendo uma na assinatura e a outra em março de 2013, garantidas com cotas de transmissão. Ronaldinho pediu R$ 20 milhões.

Pessoas ligadas à diretoria rubro-negra afirmam que o ex-camisa 10 da Gávea deseja encerrar a questão rapidamente e amenizar sua relação com a torcida carioca, pois pretende frequentar a cidade. Ele manteve sua casa na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio.

Clube muda de postura
A cúpula do clube também tem interesse em resolver a pendência antes da eleição, marcada para 3 de dezembro, especialmente por causa do valor total da ação, que, embora possa vir a ser reduzido, serve de arma para os opositores. A postura do Flamengo mudou completamente em relação ao início do processo. Quando Ronaldinho acionou o clube na Justiça do Trabalho no dia 31 de maio, com uma cobrança de R$ 40 milhões, o Flamengo prometeu usar todas as armas possíveis para derrotar o jogador no tribunal. O vice-presidente jurídico do clube, Rafael de Piro, avisou que daria um “tiro de canhão” para ganhar a causa. Cinco dias depois da rescisão contratual, o contra-ataque se traduziu no anúncio da existência de um exame de sangue realizado em dia de treino que apontaria a presença de álcool no organismo do jogador. O anúncio foi feito por De Piro no dia 5 de junho. Seis dias depois, o chefe do departamento médico rubro-negro, José Luiz Runco, desmentiu o teor do exame e criou uma crise interna. Ronaldinho Gaúcho entrou com mais uma ação contra o Flamengo, desta vez cobrando uma indenização de R$ 15 milhões por danos morais. Sem provas, o clube recuou e passou a buscar um acordo.

As garantias para o possível acordo deverão ser as cotas de transmissão de jogos. O Flamengo já adiantou R$ 40 milhões na renovação do contrato, verba que seria usada para pagar impostos em atraso. Em acordos judiciais recentes, como o feito com Deivid, o Rubro-Negro também ofereceu essas cotas como garantia, além de outras cláusulas de proteção, como multa de 50% por atraso na quitação de parcelas.

A reportagem do GLOBOESPORTE.COM não conseguiu contato com a advogada de Ronaldinho, Gislaine Nunes.

Fonte: Globoesporte.globo.com

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Atualizado: 21/11/2012 10:45

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