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Ressaca: misturar bebidas alcoólicas faz diferença

19 fev 2023 - 10:25

Redação Em Dia ES

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Pesquisas dos anos 1970 indicavam que certos tipos de bebida tinham congêneres diferentes, mas pesquisas posteriores mostraram que essa teoria não se sustenta, na prática
Ressaca: misturar bebidas alcoólicas faz diferença. Foto: Getty Images

Quando feriados ou festas como o Carnaval se aproximam, a gente já se prepara para encher a cara de álcool, né? Com exceção de algumas pessoas iluminadas que conseguem se divertir a base de suco e refrigerante, a maioria de nós gosta mesmo de cachaça — ou de cerveja, vinho, gin-tônica, vodka, whisky… Cada um com sua bebida favorita.

Em meio a tantas opções, é normal querer experimentar todas elas. Aí, depois de uma festança com tudo que tem direito, você diz: “ah, eu fiquei ruim porque misturei bebida!”. Será que a sua ressaca (física e moral…) tem mesmo a ver com isso?

A resposta simples e direta é: não. Misturar bebidas alcoólicas não deixa você mais bêbado e também não faz sua ressaca ser pior no dia seguinte. Mas se você quer saber mais sobre esse assunto, continue a leitura.

Tudo é álcool no organismo
Misturar tipos de bebidas, destilados e fermentados, ou marcas de uma mesma bebida não influenciam no quanto você ficará bêbado, nem na ressaca que você terá no dia seguinte.

Pesquisas dos anos 1970 indicavam que certos tipos de bebida tinham congêneres diferentes — derivados do etanol que surgem no processo de produção da bebida. Por isso, congêneres diferentes poderiam aumentar a chance de ter ressaca. Mas pesquisas posteriores mostraram que essa teoria não se sustenta, na prática.

Na verdade, não existem tantos estudos focados na metabolização de bebidas diferentes no organismo (aposto que não é por falta de cobaias…), mas a ciência já sabe que todos os tipos de bebida são metabolizados pelo organismo da mesma forma. Tudo é álcool.

A partir disso, o primeiro passo para processar a bebida é transformar o etanol em acetaldeído, um composto químico muito similar ao formaldeído — que é um veneno. Mas tudo passa pelos órgãos da mesma maneira, sem distinção entre destilado ou fermentado.

O que faz diferença, então?
O que realmente influencia na bebedeira (e na ressaca) é a quantidade de álcool em função do tempo que você vai demorar para consumi-la. Em resumo, um corpo humano adulto consegue processar 10 gramas de álcool (um drink comum), em média.

Se você consumir mais do que isso — e geralmente consome, né? — a chance de ter problema aumenta. Se o drink estiver mais forte ou você tomar shots, provavelmente vai passar longe de 10 gramas de álcool por hora.

É importante considerar que o álcool diminui a atividade no córtex pré-frontal, influenciando na capacidade de decisão. Então, enquanto você fica “feliz”, tende a beber mais e mais rápido. Misturando as bebidas, fica mais fácil perder o controle, bebendo uma quantidade maior do que se tivesse ficado só na cervejinha.

Mas como você não lembra da quantidade, acaba culpando a variedade. Além disso, é importante se alimentar bem e tomar bastante água — antes, durante e após a festa. Isso evita que seu sistema digestivo fique irritado (o que piora a ressaca), além de fazer com que o álcool não seja metabolizado tão rápido.

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Atualizado: 27/02/2023 14:17

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