A Netflix está expandindo para mais países da América Latina a “taxa do ponto extra”, cobrada de usuários que compartilham senhas com amigos, anunciou a gigante do streaming nesta segunda-feira, 18. O Brasil continua de fora da novidade.
Batizado de “adicionar lar”, quaisquer membros em uma família que não moram na mesma casa deverão ser cobrados adicionalmente. O recurso vai funcionar a partir da localização dos aparelhos dos usuários, detalha a Netflix. Cada lar acrescentado poderá usar a conta em um número ilimitado de dispositivos ligados àquele endereço. Duas televisões em endereços diferentes, por exemplo, contarão como duas casas diferentes. Dispositivos móveis não devem ser afetados.
A Argentina, República Domicana, El Salvador, Guatemala e Honduras são os novos países que recebem a “taxa do ponto extra”. Segundo a Netflix, será cobrada uma taxa de US$ 3 de cada conta para usuários que assistem, enquanto para o país argentino a novidade sai por 219 pesos argentinos.
Antes do recurso, Chile, Costa Rica e Peru foram as primeiras regiões do mundo a receber a cobrança por “membro extra”, em março de 2022. Neste caso, porém, a limitação não era restrita a um lar.
“A disseminação do compartilhamento de contas mina, no longo prazo, a nossa habilidade de longo prazo de investir e melhor nosso serviço”, afirma a empresa em nota.
Diante de um cenário de perda de usuários, a Netflix se vê em um dos períodos mais difíceis desde que se tornou o principal serviço de streaming do mundo. No último balanço financeiro da empresa, divulgado em abril passado, a companhia revelou perda de cerca de 200 mil usuários, o que levou seu valor de mercado cair, aproximadamente, US$ 60 bilhões.
A perspectiva da concorrência com outros streamings, além da perda financeira, também fez a empresa anunciar que vai lançar uma assinatura do serviço com publicidades, que terá um menor valor mensal para os usuários. Uma parceria com a Microsoft já foi anunciada para desenvolver a tecnologia de anúncios da plataforma nesse novo plano.