Hoje venho falar desse tema com muita alegria. Estou percebendo, cada vez mais, que os jovens estão debatendo e compartilhando conteúdos sobre feminismo. Por muito tempo, esse tema foi um tabu, justamente porque trazia uma carga de preconceito enorme e uma má compreensão da população sobre o que realmente significa. Felizmente, jovens estão buscando saber mais sobre a luta das mulheres ao longo dos séculos, os desafios que ainda precisam superar, quem se sacrificou realmente para chegarmos até aqui e o que é apenas machismo velado, com comentários pejorativos sobre feminismo.
Certa vez, uma jovem publicou um texto na internet afirmando que não era feminista, mas sim feminina. Rapidamente, outros jovens começaram a se manifestar dizendo que isso não fazia sentido. As explicações eram as mais diversas, tanto de um lado, quanto do outro. Mas o fato é que esse é realmente um argumento utilizado por várias mulheres e que precisa ser debatido.
Se você defende que devemos ser todos iguais, homens e mulheres, com os mesmos direitos e deveres, sim, você é feminista! “Ah, Rachel, mas eu sou contra o aborto, então eu não sou feminista”. Mulher, saiba: isso não tem nada a ver! Nem toda feminista é a favor do aborto. O aborto é um dos direitos que algumas mulheres pleiteiam há séculos por entenderem que o corpo é delas. Você não precisa ser a favor do aborto para ser feminista, nem o contrário.
Nós, mulheres, lutamos para termos o direito de escolha sem imposição. Queremos fazer o que quisermos e quando quisermos, sem sermos julgadas por uma sociedade patriarcal e machista. Isso vai desde a roupa que se quer usar, até o que se quer ser ou fazer. Lutamos pelo direito de escolha, isso sim. Isso é ser feminista, e não apenas uma causa ou outra isolada. Nós, mulheres, lutamos há tempos pelo direito de sermos tratadas como iguais, e basta isso para você também ser feminista.
Portanto, entenda: você pode sim ser feminista sem nem saber que é. Mas os jovens, esses sim, estão chegando para transformar essa desinformação em boas atitudes, com conhecimento, tolerância e mais respeito sobre essas e outras causas. Cabe a nós, no mínimo, buscarmos compreender também sobre o que estamos falando e não sermos injustos. Que aprendamos com os jovens a debatermos em prol da nossa própria evolução.