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Mulher de ID – Como esse trauma entrou em mim?

06 fev 2022 - 19:00

Redação Em Dia ES

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Mais importante que saber a origem é buscar tratamento para que os derivados negativos desse trauma não mais atrapalhem sua vida.

Muitos dos meus pacientes iniciam o processo de hipnoterapia comigo sem saberem sequer que existe um trauma a ser trabalhado. Há até quem desconfie que um ser humano pode ser hoje tão impactado negativamente por algo que aconteceu num passado tão longínquo. Mas o fato é que, quando este paciente percebe e entende que um trauma foi o causador de boa parte das mazelas atuais da sua vida, ele sempre me pergunta: como foi que esse trauma entrou tão forte em mim?

Como hipnoterapeuta, entendo que meu papel não é apenas de tratar os pacientes, mas também de dar a eles informações não percebidas sobre suas vidas e conteúdos que mostrem como o processo de danos à mente funciona, para que ele possa se proteger. Com esse conhecimento sobre o processo, é possível também que este paciente faça seu autoconhecimento. Assim, ele se torna muito mais forte e atento aos riscos cotidianos.

Precisamos entender que os traumas, em termos gerais, apenas para melhor entendimento, basicamente são formados de duas maneiras: quando acontece a exposição a um impacto emocional muito grande, que causa medo e temor; ou quando repetidas vezes a pessoa é exposta a um mesmo estímulo. A partir desse conhecimento, meus pacientes começam a se alertarem para proeminentes impactos emocionais danosos, como relações tóxicas que podem evoluir negativamente e até situações cotidianas, aparentemente comuns. Por isso, digo que esse conhecimento pode inclusive proteger nossos filhos, quando os pais sabem o dano que podem causar.

Um exemplo desses impactos emocionais negativos é quando uma criança cresce ouvindo que ela não faz nada direito. Isso pode acarretar na criança uma crença de que ela realmente não faz nada direito, gerando trauma. Outro exemplo é quando se trata de homens que sofrem de impotência sexual ou com uma vida sexual desregrada. Nestes casos, um dos possíveis motivos para essa disfunção é a pressão social para que o homem seja o macho alfa, de sexualidade aguçada, desde a adolescência. Muitas vezes, esse menino é estimulado de formas erradas, gerando traumas. Quando adulto, pode não ter uma vida sexual saudável.

Obviamente, os exemplos anteriores não são regras, mas sim apenas possibilidades, que precisam ser investigadas e tratadas. É por isso que o processo de hipnoterapia contém, primeiramente, o reconhecimento da pessoa que está ali como paciente, o que ela tem para dizer, qual seu histórico que a fez chegar até ali e quais consequências atuais está passando com isso. Após esse passo inicial, começamos o tratamento com a hipnose clínica, para buscar as origens desse trauma e tentar tratá-lo.

É realmente importante saber como esse trauma começou a se manifestar e de onde ele veio. Porém, mais importante que saber a origem é buscar tratamento o mais breve possível, para que os derivados negativos desse trauma não mais atrapalhem sua vida como antes.
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Atualizado: 06/02/2022 19:00

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