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Mulher de ID – Combate a baixa autoestima

05 dez 2021 - 12:00

Redação Em Dia ES

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Baixa autoestima é um dos principais fatores que levam mulheres a procurarem meu consultório de hipnoterapia. Se você acha que esse não é um problema tão sério, fique atenta: a baixa autoestima pode destruir sua vida. Começa de forma silenciosa, aparentemente inofensiva. Depois a baixa autoestima passa a lhe causar medo de viver, pânico de sair de casa, vontade de se isolar sempre, tristeza profunda, ansiedade descontrolada e até depressão, ao ver sua vida completamente parada. Muitas mulheres sequer sabem a causa, mas sofrem com isso tão intensamente que adoecem até de forma fatal.

Certa vez, uma paciente me procurou com um problema, no mínimo, curioso. Ela se sentia muito mal por ter exatamente tudo que sempre quis. Saúde, filhos saudáveis, uma casa, um carro, viagens, enfim… O problema é que ela não conseguia sequer, muitas vezes, levantar-se do sofá. Além de se sentir mal, ela se sentia culpada por não estar agradecida por tudo que possuía. A pergunta terapêutica que devemos fazer é: o que estava impedindo essa mulher de viver? Certamente, a causa não era racional. E tudo isso fazia essa mulher se sentir cada vez pior e diminuída.

 


Ao ser atendida por mim, a paciente não conseguia explicar por que estava se sentindo tão triste. Sim, tudo ali era emocional, nada racional. Então, iniciamos o tratamento com hipnose clínica, para descobrir as origens do problema. A principal reclamação dela era não conseguir ter ânimo na vida, sentindo-se sempre feia, gorda e nada inteligente. Durante o tratamento, descobrimos que, quando criança, ela passou por um fato bem traumático. Durante o processo, veio a ela claramente a cena de ela ainda criança, parada na porta de casa, chorando bastante, enquanto o pai ia embora. As memórias eram de quando ela tinha cinco anos de idade. Então, percebemos que ela captou aquela cena interpretando que o pai havia ido embora por causa dela. O tempo passou, aquela criança virou mulher, mas o impacto daquelas emoções nunca foi ressignificado.

Agora adulta, aquela mulher engravidou e teve uma filha. Bastou a filha fazer 5 anos que um gatilho negativo foi ativado em sua memória. A partir dali, iniciou-se o processo de declínio, sentindo-se sempre mal, sem ânimo e com baixíssima autoestima. O inconsciente da paciente ligou a idade da filha com a idade que tinha quando o pai foi embora. Tudo que a criança sentiu naquela época antiga e que estava guardado, como tristeza, abandono e desânimo, voltou a se manifestar com a idade da filha.

Neste caso específico que citei, a baixa autoestima era consequência de um trauma antigo, ativado por um gatilho que sequer a paciente imaginava. Ao longo do tempo, os sintomas foram se agravando e quase levou essa paciente a encerrar sua própria vida.

Felizmente, essa paciente ainda teve forças para procurar ajuda. Com ela, usei hipnoterapia para ressignificar a origem do trauma e tentar libertá-la daquela corrente. O que fica de lição é que não podemos negligenciar sintomas, quaisquer que sejam eles. Não existem sintomas que são bobagem, tudo deve ser considerado. Problemas podem ser tratados, até aqueles que você acredita que não sejam nada. Por isso, é tão importante você se ajudar numa hora dessas, para que, por meio de um tratamento, permita ser conduzida a uma qualidade de vida novamente, da forma que merece.
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Atualizado: 05/12/2021 12:00

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