As matrículas em tempo integral na rede pública do Espírito Santo passaram de 13% em 2022 para 17,7% em 2024. O crescimento foi verificado em todas as etapas da educação básica, conforme os dados do Censo Escolar 2024, divulgado pelo Ministério da Educação (MEC) e pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).
A elevação é resultado da implementação do programa Escola em Tempo Integral, que conta com articulação entre o Governo Federal, estados e municípios. No estado, as creches públicas tiveram aumento de 21,9% para 27% de matrículas em tempo integral no período entre 2022 e 2024. Na pré-escola, o avanço foi de 4,7% para 8,5%.
Nos anos iniciais do ensino fundamental, o percentual subiu de 7,1% para 10,4%, enquanto os anos finais tiveram um salto de 15,3% para 19%. O maior crescimento foi no ensino médio, que passou de 23,6% em 2022 para 33,7% em 2024.
Em nível nacional, também houve expansão da jornada ampliada. O Brasil registrou crescimento de 18,2% para 22,9% no percentual geral de matrículas em tempo integral entre 2022 e 2024. Na pré-escola, o índice subiu de 12,1% para 15,6%; no ensino fundamental, de 14,4% para 19,1%; e no ensino médio, de 20,4% para 24,2%. Já nas creches, o avanço foi de 56,8% para 59,7%.
De acordo com o MEC, no ciclo 2023-2024, foram registradas 965 mil matrículas em tempo integral em todo o país. Para o segundo ciclo, 2024-2025, as redes de ensino pactuaram 943 mil matrículas, que ainda estão em fase de declaração até 9 de maio.
O ministro da Educação, Camilo Santana, afirmou que o programa é desenvolvido com base nos dados do Censo Escolar. “Os avanços em relação ao tempo integral são um esforço que temos feito com um papel de indutor, de coordenador das políticas junto aos entes federados, para construirmos juntos e alcançarmos as metas e os avanços da educação básica”, disse.
Santana destacou ainda o desempenho do ensino médio: “Nessa faixa, a gente praticamente atingiu a meta do PNE até 2024. Temos um novo PNE com metas mais ousadas apresentadas ao Congresso para os próximos 10 anos, mas já chegamos a praticamente 23%, quando a meta era de 25%”.
O programa Escola em Tempo Integral incentiva a ampliação da jornada escolar para sete horas diárias ou 35 horas semanais, priorizando unidades que atendem estudantes em situação de vulnerabilidade socioeconômica. A proposta pedagógica deve estar alinhada à Base Nacional Comum Curricular (BNCC), com apoio técnico e financeiro do Governo Federal.