educação

Greve nacional: Ufes amanhece com portões fechados nesta segunda-feira

15 abr 2024 - 16:06

Redação Em Dia ES

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Trabalhadores rejeitaram a proposta apresentada pelo Governo Federal na última Mesa Setorial Permanente de Negociação, ocorrida quinta-feira (11)
Docentes da Ufes Iniciam Paralisação em Protesto Contra Proposta Salarial do Governo Federal. Foto: Divulgação Ufes

A greve de servidores e professores da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) começou, nesta segunda-feira (15). Os portões de acesso à instituição de ensino amanheceram fechados e faixas foram fixadas informando sobre o início do movimento grevista, que acontece nas universidades e institutos federais de todo o Brasil.

Um ato foi convocado pela Associação dos Docentes da Ufes (Adufes) para ser realizado no portão norte, do campus de Goiabeiras, na manhã desta segunda, para marcar o início da greve.

Em seu perfil no Instagram, a Adufes informou que os trabalhadores do Restaurante Universitário (RU) devem se dirigir ao portão norte do campus de Goiabeiras para que tenham acesso ao local.

“Caminhões e outros veículos a serviço do RU estão sendo liberados também pelo portão norte. As/Os estudantes terão seu acesso liberado pelo mesmo portão nos horários do almoço e jantar para que acessem o Restaurante. Essa decisão foi informada à Administração Central da Ufes”, disse a associação.

Posição da Ufes
A Ufes informou, em nota, que as atividades presenciais do campus de Goiabeiras estão suspensas, nesta segunda. As atividades do campus de Maruípe também serão suspensas, no turno vespertino.

A Administração da Ufes destacou ainda que, em reunião realizada na semana passada com a diretoria da Associação dos Docentes da Ufes (Adufes), não foi comunicada sobre o bloqueio dos portões de acesso à universidade.

“À comunidade universitária e à comunidade em geral, a Administração Central da Ufes afirma que reconhece a legitimidade do movimento e das pautas apresentadas pela categoria em nível nacional, mas atuará para que, durante a paralisação, o processo seja conduzido de forma a minimizar ao máximo os impactos para nossos estudantes, técnicos, docentes e para a sociedade”, diz a nota.

A Administração informa que vai continuar em diálogo com o comando local de greve.

Até o momento, os acessos aos campi de Alegre, Maruípe e São Mateus estão liberados.

Sobre a greve nacional
Os professores das universidades federais, institutos federais e centros federais de educação tecnológica iniciaram uma greve nacional nesta segunda-feira (15). Os trabalhadores rejeitaram a proposta apresentada pelo Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos na última Mesa Setorial Permanente de Negociação, ocorrida quinta-feira (11).

De acordo com o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições do Ensino Superior (Andes), a proposta apresentada pelo governo federal foi de reajuste salarial zero, com aumentos apenas no auxílio alimentação, que passaria de R$ 658, para R$ 1000; no valor da assistência pré-escolar, de R$ 321,00 para R$ 484,90, além de 51% a mais no valor atual da saúde suplementar.

A proposta foi rejeitada em reunião com a participação de 34 seções sindicais do setor, que também votaram pelo movimento paredista resultando em 22 votos favoráveis, sete contrários e cinco abstenções.

Na pauta nacional unificada, os docentes pedem reajuste de 22,71%, em três parcelas de 7,06%, a serem pagas em 2024, 2025 e 2026. Também estão na pauta a revogação da portaria do Ministério da Educação 983/20, que estabelece aumento da carga horária mínima de aulas e o controle de frequência por meio do ponto eletrônico para a Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica. A revogação do Novo Ensino Médio e da Base Nacional Comum para a Formação de Professores (BNC-Formação) também estão em discussão.

O Comando Nacional de Greve (CNG) será instalado hoje (15) às 14h30, em reunião na sede do Andes, em Brasília, e, às 16h, o movimento paredista participará também de uma audiência pública, na Comissão de Administração e Serviço Público da Câmara dos Deputados, para debater as mobilizações e paralisações das servidoras e dos servidores técnico-administrativos de universidades e institutos federais.

Na terça-feira (16), até o dia 18 de abril, o movimento dará início à Jornada de Luta “0% de reajuste não dá!”, convocada pelo Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais (Fonasefe). Está prevista ainda a realização de uma semana de atividades locais nas instituições entre 22 e 26 de abril.

Em nota, o Ministério da Gestão informou que, além de formalizar a proposta apresentada na última quinta-feira, também foi assumido o compromisso de abrir, até o mês de julho, todas as mesas de negociação específicas de carreiras solicitadas para dar tratamento às demandas e produzir acordos que sejam positivos aos servidores.

De acordo com o órgão, já há dez mesas tratando de reajustes para a educação com acordos consensualizados e oito estão em andamento. Além disso, foi criado um grupo de trabalho para tratar da reestruturação do Plano de Carreira dos Cargos Técnico-Administrativos em Educação (PCCTAE).

“O relatório final do GT, entregue no dia 27/3 à ministra da Gestão, Esther Dweck, servirá como insumo para a proposta do governo de reestruturação da carreira, que será apresentada aos servidores na Mesa Específica de Negociação.”

A nota conclui que a pasta segue aberta ao diálogo com os servidores da área de educação e de todas as outras áreas, “mas não comenta processos de negociação dentro das Mesas Específicas e Temporárias.”

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Atualizado 15 abr 2024 - 17:10

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