As provas do Enem foram adiadas por causa da pandemia do novo coronavírus (covid-19)
O ministro da Educação, Abraham Weintraub, anunciou pelo Twitter nessa quarta-feira (10) uma consulta aos inscritos no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) sobre a nova data para realização das provas – adiadas por causa da pandemia de covid-19. Segundo publicação do ministro no Twitter, as datas possíveis seriam 6 e 13 de dezembro, 10 e 17 de janeiro, e 2 e 9 de maio.
Apenas os estudantes inscritos no Enem poderão responder à consulta, que será realizada entre os dias 20 e 30 de junho. “Cada um poderá votar individualmente em sua Página do Participante”, destacou Weintraub. Para votar, é preciso que o candidato entre na página usando o CPF e a senha cadastradas.
Em nota, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), que é responsável pelo exame, afirmou que “a iniciativa é importante para dar oportunidade aos interessados de sugerirem o melhor período para a realização das provas e garantir transparência”.
Datas disponíveis
“Entre os dias 20 e 30 de junho, os inscritos terão três opções de datas para votar, distribuídas entre os meses de dezembro deste ano, janeiro ou maio de 2021, considerando o adiamento das provas em 30, 60 ou 180 dias das datas previstas em edital”, divulgou o Inep, indicando as seguintes datas:
Enem impresso: 6 e 13 de dezembro de 2020 / Enem digital: 10 e 17 de janeiro de 2021;
Enem impresso: 10 e 17 de janeiro de 2021 / Enem digital: 24 e 31 de janeiro de 2021;ou
Enem impresso: 2 e 9 de maio de 2021 / Enem digital: 16 e 23 de maio de 2021.
Professores criticam enquete para decidir novas datas do exame
A escolha de decidir pela data do principal exame de acesso ao ensino superior através de uma enquete despertou crítica de parlamentares, especialistas e professores. A deputada Tabata Amaral (PDT) afirmou que o Ministério da Educação não age com seriedade.
— O MEC continua sem tratar o Enem com seriedade, não é uma questão de data que se decide em uma enquete on-line. É preciso sentar com secretários e reitores e combinar um novo calendário — afirma a deputada.
Entre os professores, a possibilidade de ter uma prova em datas tão diferentes reflete em mudanças no planejamento para alunos que já vivem um momento de instabilidade.
— Para os alunos que estão sem aulas remotas, a situação é muito ruim e mesmo um adiamento pode não cobrir totalmente as perdas e os prejuízos — afirma Monty Hinke, professor do Colégio Pedro II, A a Z e Garriga de Menezes.
— Qualquer tipo de incerteza que a instituição máxima que define o Enem leva para os alunos gera insegurança neles — afirma Luiz Rafael, consultor da Ponto Aprendizagem.