A pesquisa “Empreendedorismo Feminino”, realizada pelo Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) aponta que, no Espírito Santo, 58% das mulheres empreendedoras ouvidas pela pesquisa são mães, e a maternidade foi fator que influenciou – e muito – a decisão de abrir o próprio negócio.
Entre elas, 64% afirmaram que a necessidade de cuidar dos filhos “influenciou muito” na decisão de abrir um negócio, enquanto que para 5% “influenciou um pouco”. Além disso, 43% delas têm crianças com menos de 12 anos de idade.
Ainda segundo o levantamento, 63% das mulheres já tiveram que deixar de fazer algo para si ou para a empresa para cuidar de filhos, crianças, idosos ou parentes. Entre os homens, o índice foi de 52%. Quando questionadas se sentiram sobrecarregadas por ter que cuidar do negócio e da família ao mesmo tempo, 74% responderam que sim, enquanto que entre os homens, a mesma sensação foi apontada por 60% dos ouvidos.
Mais tempo cuidando
Sobre o tempo gasto nos cuidados com familiares e com os afazeres domésticos, a diferença entre os gêneros prevalece no estado capixaba. As donas de negócios dedicam menos horas às suas empresas pois utilizam quase o dobro de tempo dos homens em cuidados com familiares e em afazeres domésticos.
A pesquisa mostrou que o tempo médio gasto pelas mulheres cuidando de pessoas é de 3,3 horas diárias; já entre os homens, é de 1,5 hora por dia. Já o tempo médio gasto pelas empreendedoras com afazeres domésticos é de 2,7 horas diárias; entre os homens, é de 1,6 hora por dia.
Quem incentiva as mulheres?
A pesquisa do Sebrae também revelou que, no momento de abrir uma empresa, quem são as pessoas que mais incentivaram as mulheres a seguir em frente. No Espírito Santo, 72% indicaram os cônjuges como os maiores apoiadores, seguido dos clientes e fornecedores (69%), amigos (66%), pais (54%), outros parentes (50%), grupos de amigos no WhatsApp (37%) e filhos (28%).
No grupo das que já têm um negócio em operação, os principais apoiadores são: cônjuges (66%), amigos (37%), clientes e fornecedores (37%), pais (35%), outros parentes (34%), filhos (19%) e grupos de amigos no WhatsApp (18).