O Espírito Santo registrou, em fevereiro, um saldo positivo de 6.220 novos postos de trabalho com carteira assinada, resultado de 54.900 admissões e 48.680 desligamentos no período. Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged) e foram divulgados nesta sexta-feira (28) pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).
No acumulado do primeiro bimestre do ano, o estado soma 6.800 novas vagas formais. Nos últimos 12 meses, o saldo é de 33.700 empregos. O estoque total de trabalhadores formais no Espírito Santo chegou a 916.225 pessoas.
Os cinco principais setores econômicos do estado tiveram saldos positivos no mês. O setor de Serviços liderou, com 4.234 novas vagas, seguido pelo Comércio (669), Agropecuária (563), Construção (477) e Indústria (331).
Entre os trabalhadores contratados, a maioria foi do sexo feminino (3.771). Pessoas com ensino médio completo foram o grupo com maior saldo de admissões (3.530), enquanto a faixa etária de 18 a 24 anos registrou 2.923 novas vagas.
A cidade de Serra teve o melhor desempenho entre os municípios capixabas, com saldo de 1.064 novos empregos. O estoque na cidade é de 160,2 mil empregos formais ativos. Na sequência, aparecem Linhares (692), Vila Velha (641), Cachoeiro do Itapemirim (454) e Itapemirim (371).
Brasil tem saldo recorde de empregos formais em fevereiro
O Brasil fechou fevereiro com saldo positivo de 431.995 empregos com carteira assinada. Segundo o MTE, esse é o maior saldo mensal registrado na nova série histórica do Novo Caged, iniciada em 2020. O resultado decorreu de 2.579.192 admissões e 2.147.197 desligamentos no período. No acumulado do ano, o saldo foi de 576.081 empregos, e nos últimos 12 meses, 1.782.761 empregos foram criados.
O estoque total de vínculos celetistas ativos no país atingiu 47.780.769 em fevereiro, representando uma variação de +0,91% em relação ao mês anterior.
O Ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, atribuiu os números às políticas de investimento e reindustrialização do governo federal. “Nós estimulamos um monte de investimento e esse é o resultado”, disse Marinho, durante coletiva de imprensa.
Setores que mais contrataram
O setor de Serviços foi o que mais gerou empregos no Brasil em fevereiro, com 254.812 novas vagas, crescimento de 1,1% em relação a janeiro. A Indústria registrou 69.884 novos postos (+0,78%), seguida pelo Comércio, com 46.587 vagas (+0,44%), Construção, com 40.871 postos (+1,41%), e Agropecuária, com 19.842 vagas (+1,08%).
As mulheres ocuparam a maioria das vagas criadas no mês (229.163), enquanto os homens ficaram com 202.832 postos. A faixa etária de 18 a 24 anos apresentou o maior saldo de admissões, com 170.593 novas vagas. Trabalhadores com ensino médio completo lideraram entre os níveis de escolaridade, com saldo de 277.786 postos.
Renda média atinge recorde de R$ 3.378
O rendimento médio do trabalhador brasileiro alcançou R$ 3.378 no trimestre encerrado em fevereiro, o maior valor registrado desde 2012, de acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O aumento foi de 3,6% em relação ao mesmo período do ano anterior.
A taxa de desemprego foi de 6,8% no trimestre encerrado em fevereiro. Segundo o IBGE, a informalidade caiu para 38,1% da população ocupada, ante 38,7% no trimestre terminado em novembro de 2024. A coordenadora da pesquisa, Adriana Beringuy, destacou que a formalização do mercado de trabalho tem impacto direto no aumento do rendimento médio.
Previdência
O número de trabalhadores que contribuem para a Previdência Social chegou a 67,6 milhões, equivalente a 65,9% da população ocupada. “O recuo da informalidade e, consequentemente, o aumento da proporção do trabalho formal contribuiu para essa expansão da cobertura previdenciária”, explicou Beringuy. O percentual de contribuição é o maior desde julho de 2020, quando alcançou 66,1%.