O Espírito Santo registrou saldo positivo de 8.553 empregos com carteira assinada em abril de 2025, o melhor resultado para o mês desde o início da série histórica do Novo Caged, em 2020. O número é resultado de 52.854 admissões contra 44.301 desligamentos, representando um crescimento de 367% em relação a março deste ano, quando o saldo havia sido de 1.833 vagas.
Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (28) pelo ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, e mostram que o estado teve, proporcionalmente, um dos maiores crescimentos do país no mês, com variação relativa de +0,93%.
Agropecuária lidera contratações
O setor agropecuário foi o principal responsável pelo bom desempenho capixaba em abril, com saldo de 5.044 novas vagas — mais da metade do total registrado no estado. O resultado é atribuído, principalmente, à colheita do café arábica. Segundo estimativas da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a produção capixaba deve alcançar cerca de 3,3 milhões de sacas de 60 quilos neste ciclo.
Na sequência, destacam-se os setores de serviços, com 1.958 vagas, e indústria, com saldo de 642 postos de trabalho.
Jaguaré lidera entre os municípios
O município de Jaguaré, no Norte do Espírito Santo, foi o que apresentou o melhor desempenho em abril, com 995 novas vagas. A cidade tem hoje um estoque de 4.671 empregos formais. Na sequência aparecem Aracruz (936), Linhares (726), Vila Valério (678) e Pinheiros (633).
Jovens e homens são maioria nas contratações
A maior parte das admissões no Espírito Santo no mês passado foi de homens, que responderam por 6.363 contratações, contra 2.190 de mulheres. Quanto à faixa etária, o grupo de 18 a 24 anos lidera, com 2.956 contratações, seguido por pessoas entre 30 e 39 anos, com 1.563.
O salário médio de admissão no estado teve alta significativa e atingiu R$ 4.040,00, quase o dobro do registrado em março.
Brasil ultrapassa 48 milhões de vínculos formais
No cenário nacional, o Brasil criou 257.528 empregos com carteira assinada em abril, também o melhor desempenho para o mês desde o início da série do Novo Caged. Com esse resultado, o país ultrapassou pela primeira vez a marca de 48 milhões de vínculos formais.
De janeiro a abril, foram criadas 922.362 vagas em todo o país. Já no acumulado dos últimos 12 meses (de maio de 2024 a abril de 2025), o saldo chega a 1.641.330 novos postos de trabalho.
O setor de serviços foi o que mais gerou empregos no Brasil em abril, com saldo de 136.109 vagas. As áreas de informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas foram as que mais contribuíram, somando 52.446 novas vagas.
Outros setores também apresentaram crescimento: o comércio gerou 48.040 postos, a indústria 35.068, a construção 34.295 e a agropecuária 4.025.
São Paulo lidera em números absolutos
Entre os estados, São Paulo teve o maior saldo de empregos em abril, com 72.283 novas vagas, seguido por Minas Gerais (29.083) e Rio de Janeiro (20.031). Em termos proporcionais, Espírito Santo, Goiás (+0,91%) e Piauí (+0,88%) foram os destaques do mês.
O salário médio real de admissão no Brasil em abril foi de R$ 2.251,81, um aumento de R$ 15,96 em relação ao mês anterior e de R$ 6,62 na comparação com abril de 2024.
Todos os grandes grupamentos econômicos apresentaram saldos positivos no primeiro quadrimestre do ano. O setor de serviços lidera, com 504.571 vagas geradas no período. A indústria criou 190.477 postos, seguida pela construção (135.202), agropecuária (55.605) e comércio (36.523).