O Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN) apresentou nesta quinta-feira (14) os resultados do Produto Interno Bruto (PIB) do Espírito Santo referentes ao ano de 2022, desenvolvidos em parceria com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Segundo os dados consolidados, o estado registrou um recuo de 1,7% em relação a 2021, ocupando a 14ª posição entre as unidades federativas do país e a 9ª no PIB per capita.
De acordo com Antonio Rocha, diretor de integração do IJSN, o desempenho negativo deveu-se principalmente à retração de -12,2% no volume de atividades da indústria, setor que foi fortemente impactado pela queda na extração de petróleo e gás, além da redução na pelotização de minério e na metalurgia, que registrou queda de -5,2%.
“Este recuo no desempenho do PIB Estadual em 2022 foi muito influenciado pelas variações da Indústria, que registraram quedas significativas e impactaram bastante no desempenho final, mas que foram contrabalançadas em certa medida pelas atividades de Serviços e Comércios e a Agropecuária”, destacou Rocha.
No entanto, o setor agropecuário foi um dos grandes destaques do ano, com um crescimento de 8,5% em volume de atividades, motivado principalmente pela produção de café. Conforme dados da Pesquisa de Produção Agrícola Municipal (PAM) do IBGE, as variedades arábica e conilon apresentaram crescimento de 45,6% e 5,9%, respectivamente.
Além do café, culturas como cana-de-açúcar, pimenta-do-reino e abacaxi também contribuíram positivamente. Pablo Lira, diretor-geral do IJSN, ressaltou o desempenho agrícola.
“Pela primeira vez a Agropecuária respondeu por quase 6% da economia do Estado do Espírito Santo, resultado histórico, puxado principalmente pelo café. Desempenho que evidencia a potência que temos no Espírito Santo com a agricultura e pecuária.”
O setor de serviços também apresentou crescimento de 5,3%, impulsionado principalmente pelo comércio, transporte, armazenagem, correio, informação e comunicação, setores que registraram avanços de 4,4%, 8,5% e 8,8%, respectivamente. Max Fraga, superintendente estadual do IBGE, enfatizou a importância da parceria com o Instituto Jones na elaboração de estudos detalhados.
“O Instituto Jones dos Santos Neves é um parceiro de longa data do IBGE, e que desenvolve um trabalho muito importante, a elaboração dos estudos para a divulgação do PIB regional e municipal, envolvendo uma equipe altamente qualificada. É um trabalho no qual o IBGE deposita total confiança pela transparência e seriedade das ações.”