economia

Emprego no comércio levou 3 anos para retomar nível pré-pandemia

25 jul 2024 - 13:41

Redação Em Dia ES

Share
Em 2022, o setor empregou 10,3 milhões de pessoas, superando em 157,3 mil o contingente de 2019, último ano antes da pandemia surgir
Comércio Brasileiro Retoma Nível de Emprego Pré-Pandemia em 2022. Foto: Mehrad Vosoughi/ Pexels

As empresas do setor de comércio no Brasil precisaram de três anos para retomar o nível de emprego pré-pandemia da Covid-19, conforme a Pesquisa Anual de Comércio divulgada nesta quinta-feira (25) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em 2022, o setor empregou 10,3 milhões de pessoas, superando em 157,3 mil o contingente de 2019, último ano antes da pandemia surgir.

O levantamento do IBGE revela que o comércio brasileiro atingiu um salário médio recorde em 2022, chegando a dois salários mínimos, impulsionado pelo aumento no segmento de veículos, peças e motocicletas. Este foi o único setor dos três principais (varejo, atacado e veículos) a apresentar crescimento salarial em relação ao ano anterior.

A pesquisa abrange empresas de 22 setores nos segmentos de comércio varejista, comércio por atacado e comércio de veículos, peças e motocicletas. O comércio varejista foi o maior empregador, com 7,6 milhões de postos de trabalho em 2022, seguido pelo comércio por atacado com 1,9 milhão de empregos, e o comércio de veículos automotores, peças e motocicletas com 846,2 mil.

Emprego e salários
Os dados de 2022 mostram que as empresas de comércio no Brasil operaram em 1,6 milhão de endereços, gerando uma receita líquida operacional de R$ 6,7 trilhões e contribuindo com um valor adicionado bruto de R$ 1,1 trilhão para o Produto Interno Bruto (PIB) do país. O comércio por atacado foi responsável por 51% da receita, seguido pelo varejo com 40,2% e pelo comércio de veículos, peças e motocicletas com 8,8%.

Os 10,3 milhões de trabalhadores empregados no comércio em 2022 receberam R$ 318 bilhões em salários e outras remunerações. O maior salário médio foi registrado no comércio por atacado (2,9 salários mínimos), seguido pelo comércio de veículos, peças e motocicletas (2,3 salários mínimos) e pelo varejo (1,7 salários mínimos).

Comércio virtual e regionalizações
A pandemia de Covid-19 impulsionou o comércio virtual, que apresentou um aumento de 79,2% no número de empresas que adotaram a venda pela internet entre 2019 e 2022. No entanto, o percentual da receita bruta do varejo advinda do comércio online caiu de 9,1% em 2021 para 8,4% em 2022, indicando uma retomada das compras presenciais.

Regionalmente, o Sudeste liderou em receita bruta, número de unidades locais, pessoal ocupado e remunerações, com 50,6% do pessoal ocupado em 2022. O Norte foi a região com menor participação, com 3,5% das vagas e 3,2% das remunerações. Em termos de salário médio, apenas o Sudeste apresentou valores acima da média nacional.

Destaques e mudanças
Analisando os últimos dez anos, o Rio de Janeiro caiu da terceira para a sexta posição no ranking de receita bruta de revenda, principalmente devido à perda de relevância no comércio de veículos.

Em contrapartida, o Mato Grosso subiu do 11º para o sétimo lugar, com destaque no comércio por atacado. São Paulo, Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina lideraram em participação no comércio nacional em 2022.

0
0

Se você observou alguma informação incorreta em nosso conteúdo, nos avise. Clique no botão ALGO ERRADO, vamos corrigi-la o mais breve possível. A equipe do EmDiaES agradece sua interação.

Comunicar erro

* Não é necessário adicionar o link da matéria, será enviado automaticamente.

A equipe do site EmDiaES agradece sua interação.