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Arrecadação federal sobe 11% no primeiro semestre e bate recorde histórico

22 jul 2022 - 09:00

Redação Em Dia ES

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Se considerada apenas a arrecadação administrada pela Receita Federal, que engloba a coleta de impostos de competência da União, houve alta real de 9% no semestre
Arrecadação federal sobe 11% no primeiro semestre e bate recorde histórico. Foto: Reprodução

A arrecadação do governo federal teve alta real de 11% no primeiro semestre deste ano e atingiu patamar recorde da série histórica iniciada em 1995, a 1,090 trilhão de reais, informou a Receita Federal nesta quinta-feira, em período marcado pela normalização da atividade após a pandemia e efeito inflacionário sobre a tributação.

A alta foi fortemente influenciada pelo crescimento da arrecadação do setor de combustíveis, sob o impacto do aumento do preço do petróleo no mercado internacional gerado pela guerra na Ucrânia.

Se considerada apenas a arrecadação administrada pela Receita Federal, que engloba a coleta de impostos de competência da União, houve alta real de 9% no semestre. No período, a arrecadação do setor de combustíveis saltou 192,54%, dando a maior contribuição absoluta (34,807 bilhões de reais) para a alta.

Já as receitas administradas por outros órgãos, que são sensibilizadas sobretudo pelos royalties decorrentes da produção de petróleo, aumentaram 56,73% acima da inflação no período.

Nos seis primeiros meses do ano, os ganhos com royalties somaram 51,012 bilhões de reais, ante 36,282 bilhões de reais no mesmo período de 2021, o que representa uma alta real de 40,6%.

RETOMADA DA ATIVIDADE
Análise do fisco também vem apontando uma melhora na maior parte dos indicadores econômicos como fator por trás da alta da arrecadação, com ganhos em vendas de serviços, valor das importações, valor das notas fiscais eletrônicas, massa salarial nominal e venda de bens.

O secretário especial da Receita, Julio Cesar Viera Gomes, afirmou que o bom resultado do ano está diretamente ligado a um ganho no lucro das empresas.

No semestre, as receitas de Imposto de Renda da pessoa jurídica e Contribuição Social sobre Lucro Líquido (CSLL) cresceram 21,54% acima da inflação, influenciadas pela retomada da atividade e por ajustes mais positivos para ganhos estimados pelas empresas no ano de 2021.

“O objeto que a gente pode colocar como o principal motivo desse ganho de arrecadação foi o lucro das empresas, o que é uma sinalização positiva do crescimento econômico”, disse o secretário.

O governo vem usando a forte alta na arrecadação como argumento para reduzir tributos. Entre as iniciativas, já foram cortadas alíquotas de tarifas de importação, Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) e PIS/Cofins sobre combustíveis.

Com as reduções de tributos sobre combustíveis e do IPI, o governo estima que deixou de arrecadar 7,9 bilhões de reais no primeiro semestre, comparado com o mesmo período de 2021.

No mês de junho, a arrecadação teve alta real de 17,96% sobre igual mês do ano passado, a 181,040 bilhões de reais, maior patamar para o mês da série histórica corrigida pela inflação, iniciada em 1995.

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Atualizado: 22/07/2022 22:32

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