Luan Ribeiro

13 de abril de 2023
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#01 – Decolando, Linhares precisa de nomes políticos ou de gestores técnicos?

 

A movimentação dos pretensos candidatos ao legislativo e executivo de Linhares está morna, mas não está fria.

 

Há 1 ano de distância do próximo período eleitoral para disputa aos cargos nos poderes executivo e legislativo municipal (prefeito e vice-prefeito e vereadores), alguns nomes com histórico político e novos perfis de pessoas, como aqueles que fazem militância social, defendem categorias, criticam ou elogiam a Prefeitura e Câmara, vêm estabelecendo o que pode ser o cenário eleitoral de Linhares em 2023.

Oficialmente, ninguém pode lançar pré-candidatura ou candidatura no momento, pois caracteriza campanha antecipada e isso infringe a legislação. Informações assim são importantes para quem pensa em se candidatar. É possível que, mesmo após eleito(a), a pessoa tenha o mandato cassado se comprovada campanha antecipada.

A estratégia inicial é aparecer, positivamente, divulgando opiniões e feitos com a finalidade de ser reconhecido, lembrado e, se possível, se tornar referência.

Cientes dessas informações, já podemos ter um olhar mais crítico sobre certos comportamentos, principalmente na Internet no ano atual, e poder prever os futuros candidatos.

 

Linhares

A cidade polo da região norte do Espírito Santo, que possui economia diversificada e bem movimentada, está em ascensão na malha logística do país com a obra do aeroporto pelo convênio entre o Governo do Estado e o Governo Federal.

Entretanto, ainda peca no aspecto social quando não respondem satisfatoriamente a população sobre os motivos pelos quais o município de, aproximadamente, 180 mil habitantes, segundo dados de 2021 do IBGE, não ter um terminal rodoviário adequado. Um indicador para analisarmos como pensavam os antigos gestores, questionar os atuais e buscarmos conhecer o posicionamento dos pretensos a respeito de temas como esse. Afinal, mobilidade urbana é tudo numa cidade.

Outra fraqueza atual nos moldes administrativos da cidade está no quesito inovação. Quem não acha estranho a prefeitura ainda tramitar processos físicos na era do PDF? Eu acho. Há uma notícia de que começou a ser dado tratativa a isso (“antes tarde do que nunca”).

Nem parece que Linhares é o lugar com a maior lagoa do Brasil em volume de água doce e a segunda maior em extensão geográfica, com praias e muita área verde para explorar no mercado turístico. Dá uma sensação de que os munícipes não gostam de visitantes ou que querem esconder tanta beleza para si. Pode ser cultural, mas que é uma grande oportunidade abrir esse mercado, criando mais fonte de renda e desenvolvimento, isso é.

Esses são exemplos que considero mais evidentes no município no âmbito das possibilidades e do que foi deixado de lado.

Numa próxima publicação desta coluna podemos falar de comportamento e cultura, citando a conduta dos motoristas e pedestres nas vias públicas, por exemplo, a falta de campanhas municipais de combate ao machismo, também, e um apoio ainda considerado tímido nos projetos culturais.

 

Político ou Gestor Técnico?

Penso que gestores técnicos, politicamente equilibrados, são excelentes propostas de perfis para eleger.

Você pode votar no seu/sua camarada, em quem te presta favores, num rosto bonito, apostar em promessas, apoiar uma causa, entre outros motivos. Mas e a cidade, como fica?

Não podemos desmerecer a contribuição e o legado dos perfis políticos, aqueles que tecnicamente não são operacionais, atuando somente no controle social e nas relações, que historicamente exerceram seus mandatos em Linhares (sempre é tempo de se atualizar em qualquer carreira). Contudo, os debates da população dessa cidade cheia de riquezas não podem se limitar ao feudo, em interesses pessoais e familiares ou tratar o momento eleitoral como um campeonato de futebol.

As autoridades eleitas podem empenhar seus esforços nas potências inertes, no senso de inclusão das pessoas conservadoras ou não, na modernização da forma de oferecer serviços, na valorização do aspecto visual da área verde e urbana para fins de convivência e renda como mencionado neste texto, na promoção do respeito como cultura e, muito importante, na empatia com o cidadão.

Eu já ouvi que, “só lembra da rodoviária quem usa ônibus” e “só lembra do hospital público quem não tem plano de saúde”, e acredito ser verdade.

Até quando?

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