Eles buscam preço mínimo (justo) da saca de café, de pelo menos R$390 repactuação de dívidas e criação de uma organização dos países produtores
Os cafeicultores querem chegar ao presidente com as reivindicações que motivaram a manifestação do Grupo Agricultores Independentes, iniciada na manhã desta sexta-feira (24), na BR-101, em Água Limpa, Jaguaré. Eles buscam preço mínimo (justo) da saca de café, de pelo menos R$390, repactuação de dívidas e criação de uma organização dos países produtores, conforme relatou Neia Boroto Merlin, uma das líderes do movimento.
Com maquinários, trio-elétrico e faixa, os produtores, principalmente de Jaguaré, São Mateus e de outros municípios iniciaram a manifestação fechando a BR-101. Entretanto, rapidamente liberaram e seguiram para as margens da rodovia. David Domingos Bastos reforçou que o objetivo é deixar o trânsito lento para explicar o motivo do movimento.
A produtora Neia Boroto Merlin detalha que o preço mínimo do café conilon é R$ 210, com a saca vendida atualmente entre R$ 280 e R$ 290. A produtora afirma que o custo por saca é de R$ 300. Com o déficit, “ninguém consegue pagar dívida”. Ela salienta que o valor mínimo reivindicado é de R$390, calculando 30% de remuneração. Além do preço, a repactuação de dívidas e a criação de organização de países produtores para influenciar o mercado, eles pedem estimativas de safras com mais correção.
Neia adianta que documento com as demandas serão encaminhadas às autoridades públicas municipais, estaduais e federais, intermediando uma conversa com o presidente Jair Bolsonaro. Ela salienta que o movimento teve apoio da Associação Nacional dos Cafeicultores, Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Estado do Espirito Santo e Sindicato Rural de Jaguaré.