Preço médio unitário da saca foi de US$ 161,92 e receita cambial de US$ 6,5 bilhões no período de fevereiro de 2021 a janeiro de 2022
As exportações dos cafés do Brasil no total acumulado em doze meses, especificamente no período de fevereiro de 2021 a janeiro de 2022, atingiram um volume físico total equivalente a 40,16 milhões de sacas de 60kg, com preço médio unitário de US$ 161,92, e receita cambial de US$ 6,5 bilhões. Caso tal receita seja convertida para a moeda corrente do nosso País, considerando a média mensal do câmbio, no período ora em destaque, esse montante equivale a aproximadamente R$ 35,4 bilhões.
Desse volume total exportado, 36 milhões de sacas foram de café verde, das quais 32,4 milhões de café da espécie Coffea arabica e 3,6 milhões de café da espécie Coffea canephora (robusta e conilon). Além disso, as exportações também contabilizaram o equivalente a 4,07 milhões de sacas de café solúvel e 47,2 mil de café torrado e moído.
Em janeiro deste ano, as vendas brasileiras de café aos importadores somaram 3,23 milhões de sacas de 60kg, sendo 2,9 milhões de café verde; 318 mil sacas de solúvel e, em complemento, 3 mil de torrado e moído. Vale destacar ainda que o preço médio da saca exportada nesse mês foi de US$ 216,98, o que gerou uma receita de US$ 3,87 bilhões.
Conforme os números e dados estatísticos, que estão sendo objeto desta análise e divulgação do desempenho das exportações dos Cafés do Brasil, os quais constam do Relatório mensal janeiro 2022 do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil – Cecafé, as exportações de café arábica corresponderam a 87,2% do total vendido ao exterior em janeiro de 2022. E, adicionalmente, o café solúvel correspondeu a 9,9%, o robusta a 2,8%, e o torrado & moído a 0,1%, totalizando 100% das exportações. Tal Relatório encontra-se também disponível no Observatório do Café, do Consórcio Pesquisa Café coordenado pela Embrapa Café.
Conforme ainda este Relatório do Cecafe, somente no mês de janeiro de 2022, o principal destino do café brasileiro foram os Estados Unidos, que responderam por 22% do exportado no período, haja vista que os norte-americanos adquiriram 710 mil sacas, a despeito do volume importado ter registrado um decréscimo de 5,6%, se comparado com o mesmo mês do ano anterior. Na segunda posição, de um ranking dos cinco maiores importadores, vem a Alemanha, com a compra de 518 mil sacas; a Bélgica, em terceiro, com 344,7 mil; quarta colocada a Itália, com aproximadamente 186,2 mil; e, em quinto, o Japão, com 176,3 mil sacas.
Por fim, em relação aos cafés diferenciados (os quais têm qualidade superior ou algum tipo de certificado de práticas sustentáveis), conforme mencionado no Relatório, o Brasil exportou 559,8 milhões de sacas desse tipo de café em janeiro de 2022. Tal volume representa 17,4% das vendas ao exterior de café verde, com receita cambial de US$ 163,7 milhões, valor que corresponde a 23,4% do valor total.
Neste contexto, vale destacar que o preço médio da saca exportada de cafés diferenciados foi de US$ 292,44, montante que representou um ágio médio de 42,1% em relação aos cafés naturais/médios.
Fonte: Canal Rural