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Espírito Santo bate recorde e aplica R$ 7 bi de crédito rural em nove meses do ano-safra 2024/2025

12 abr 2025 - 09:30

Redação Em Dia ES

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O ano-safra começa em julho de um ano e vai até junho do ano seguinte
Até março deste ano, foi aplicado um montante recorde de R$ 7,05 bilhões de crédito rural no ES. Foto: Henrique Fajoli/Seag

A aplicação de crédito rural no Espírito Santo cresceu 23,8% no decorrer dos primeiros nove meses do ano-safra atual, após o lançamento do Plano de Crédito Rural realizado em julho de 2024 pelo Governo do Estado, em parceria com a União e diversas instituições financeiras e representativas dos produtores rurais e pescadores.

O valor aplicado é referente ao período de julho de 2024 a março de 2025, em comparação com o mesmo período do ano-safra anterior. Entre os estados brasileiros, apenas o Espírito Santo e o Piauí tiveram crescimento, sendo de 23,8% e 3%, respectivamente, enquanto os demais estados decresceram e levaram a média geral a cair 18,1%.

O ano-safra começa em julho de um ano e vai até junho do ano seguinte. Até março deste ano, foi aplicado um montante recorde de R$ 7,05 bilhões de crédito rural no Espírito Santo, frente a um montante de R$ 5,69 bi aplicados de julho de 2023 a março de 2024. Ou seja, mais de R$ 1,3 bilhão de acréscimo no período.

O número de operações realizadas para as diversas atividades agrícolas capixabas foi de 36,2 mil no período analisado, com crescimento de 9,5% ante ao total de 33,1 mil operações no mesmo período do ano-safra anterior. Os dados foram apurados pela Gerência de Dados e Análises da Secretaria da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca (Seag), a partir de informações do Banco Central.

“O volume de crédito aplicado é um indicador de dinamismo e desempenho da modernização e competividade agricultura. Enquanto a maior parte do País apresentou queda nas aplicações, nós crescemos quase 24% e alcançamos um valor recorde com mais de R$ 7 bilhões em apenas nove meses. Esse desempenho reflete o alinhamento entre planejamento, articulação institucional e compromisso com o fortalecimento da agropecuária e seus negócios associados no Estado. O resultado é fruto direto da implementação do Plano de Crédito Rural, lançado em julho de 2024, e do esforço conjunto entre o setor público, as instituições financeiras e as entidades representativas do setor. Seguimos avançando com base nas diretrizes da quarta versão do nosso Plano Estratégico de Desenvolvimento da Agricultura Capixaba, que estabelece metas ousadas e concretas até 2032. Seguimos planejando e executando um trabalho estruturado, com parceria e foco”, destacou o secretário de Estado da Agricultura, Enio Bergoli.

O Plano de Crédito Rural para o Espírito Santo na safra 2024/2025 é fruto de uma parceria entre os Governos Federal e do Estado, que conta com as principais instituições financeiras que aplicam crédito rural no Estado, como Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Banco do Nordeste, Banco do Estado do Espírito Santo(Banestes), Sicoob-ES, Sicredi e Cresol. O crescimento das aplicações está alinhado às metas do novo Plano Estratégico de Desenvolvimento da Agricultura Capixaba (Pedeag 4 – 2023/2032), lançado em dezembro de 2023, e que estabelece que o valor das aplicações alcance R$ 12 bilhões até o ano de 2032.

Esse desempenho chama atenção não apenas pelo volume, mas também pela consistência dos dados em todas as modalidades de financiamento rural. O aumento nas aplicações em custeio, investimento e, principalmente, comercialização revela um setor produtivo maduro que planeja, executa e escoa com eficiência.

“O Espírito Santo é hoje um ponto fora da curva nacional em crédito rural. O mais relevante está na composição desse crescimento, em que tivemos alta de 33% nas operações de comercialização impulsionada em função da grande demanda na cafeicultura. Outro fator relevante é que, do montante total aplicado, mais de R$ 2 bilhões foram de crédito para investimento, ou seja, mais de um terço de todo valor. Esse resultado aponta para um setor que não apenas produz, mas também investe e posiciona melhor sua produção no mercado”, avaliou o gerente de Dados e Análises da Seag, Danieltom Vandermas.

Modalidades de aplicação
O crédito rural é destinado para finalidades específicas: investimento, custeio, comercialização e industrialização. O valor aplicado em custeio teve crescimento de 22%, subindo de R$ 2,5 bilhões para R$ 3,05 bilhões. O custeio cobre as despesas inerentes a um ciclo de produção, podendo ser utilizado desde o beneficiamento da produção até o armazenamento.

Já no investimento, foi registrado o crescimento de 20,4%, passando de R$ 1,82 bilhão para R$ 2,2 bilhões. O investimento é o valor que pode ser utilizado em reformas, construções, obras de irrigação ou na compra de equipamentos para a propriedade rural, entre outros itens.

Na modalidade de comercialização, o crescimento foi de 33%, passando de R$ 1,33 bilhão para R$ 1,77 bilhão. O crédito comercialização auxilia na venda dos produtos no mercado.

Na modalidade de industrialização, o valor reduziu 2,2%, saindo de R$ 66,2 milhões para R$ 64,8 milhões. O crédito industrialização é voltado para industrialização de produtos agropecuários.

Na proporção do valor aplicado, o custeio representa 42,9%; o investimento, 31,2%; a comercialização, 25,1%; e a industrialização 0,9%.

As análises comparativas são referentes ao período de julho de 2024 a março de 2025, frente ao mesmo período do ano-safra anterior.

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