O Espírito Santo é o maior produtor e exportador de gengibre do país. O Estado capixaba produz 75% de todo o gengibre cultivado em solo brasileiro e é responsável por 55% das exportações nacionais do produto.
Dentro desse contexto, o município de Santa Maria de Jetibá se destaca na produção da cultura e foi palco, na manhã desta quarta-feira (16), do Dia Especial sobre a cultura do gengibre. O evento faz parte da programação da Expo Gengibre e tem como objetivo ampliar o conhecimento em relação ao manejo da cultura.
O Dia especial sobre a cultura do gengibre é uma realização da Secretaria da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca (Seag), por meio do Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper) e em parceria com o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Espírito Santo (Ifes).
Na ocasião, foram realizadas palestras abordando sobre a fitossanidade, pós- colheita e oportunidades de mercado. O momento reuniu produtores rurais, exportadores e especialistas.
Para o subsecretário de Estado de Desenvolvimento Rural, Michel Tesch, um evento desta amplitude profissional, com apoiadores mobilizados, tem papel fundamental na ampliação da competitividade dos produtores.
“Um encontro que agrega valor e conhecimento aos produtores e parceiros envolvidos com a cultura. O Espírito Santo é o maior produtor e exportador nacional de gengibre, atendendo mais de 40 paíes, então é necessário difundir tecnologias para que possamos ampliar a produtividade e qualidade da produção, sempre atreladas à sustentabilidade, já que atendemos prioritariamente os mercados americano e europeu, reconhecidos pelo alto nível de exigências”, comenta Michel Tesch.
A produção da cultura no Estado se concentra em oito municípios capixabas, sendo os três mais significativos: Santa Maria de Jetibá, Santa Leopoldina e Domingos Martins. Para o coordenador regional do Incaper, Galderes Magalhães, o intuito é que a cultura seja conhecida e valorizada por todos os capixabas.
“Realizamos o dia especial para dar visibilidade ao início da colheita, mas também para que especialistas possam apresentar avanços nas boas práticas de produção para produtores e exportadores. Assim, vamos ampliar os mercados e tornar a cultura ainda mais atrativa, estimulando a sua comercialização”, ressaltou Magalhães.
Além de retorno comercial, o objetivo da Expo Gengibre também é a capacitação de produtores para o fortalecimento da cultura.
“Ter no evento um dia especial sobre o gengibre, com apresentação de relevantes resultados de projetos de pesquisa é o tipo de integração que faz com que o conhecimento e as informações técnicas cheguem mais rápido ao produtor, aquele que é o principal usuário dessas tecnologias”, esclarece Antônio Elias, diretor técnico do Incaper.
A produtividade média atual do gengibre no Estado é de 50,9 toneladas por hectare. O total da renda gerada com o gengibre, aquela que fica nas propriedades rurais, foi de R$ 97,7 milhões em 2022, segundo a Gerência de Dados e Análises da Seag, a partir de dados da pesquisa experimental do IBGE/Painel Agro/Incaper.