A ex-secretária foi nomeada para o comando da Caixa após o MPF ter aberto uma investigação para apurar denúncias de assédio sexual contra o presidente anterior, Pedro Guimarães
Com a saída de Pedro Guimarães da presidência da Caixa Econômica Federal, anunciada nesta quarta-feira, 20, após virem à tona denúncias de assédio sexual contra ele, quem assume a cadeira é Daniella Marques, que ocupava o cargo de secretária especial de Produtividade e Competitividade do Ministério da Economia. Daniella foi nomeada a nova presidente do banco em publicação do Diário Oficial da União.
Próxima do ministro da Economia, Paulo Guedes, desde antes da eleição de Jair Bolsonaro, Daniella estava no ministério desde o início do governo. Primeiro, como chefe da Assessoria Especial de Assuntos Estratégicos e, desde fevereiro deste ano, à frente da Secretaria Especial de Produtividade e Competitividade.
Formada em administração pela Pontifícia Universidade Católica (PUC) do Rio de Janeiro e com MBA em finanças pelo Ibmec/RJ, Daniella trabalhou por 20 anos no mercado financeiro antes de entrar no governo, com gestão independente de fundos de investimento. Ela foi sócia de Guedes na gestora de recursos Bozano Investimentos entre 2013 e 2018.
A ex-secretária foi nomeada para o comando da Caixa após o Ministério Público Federal (MPF) ter aberto uma investigação para apurar denúncias de funcionárias da empresa de que o presidente anterior, Pedro Guimarães, as teria assediado sexualmente.
Os relatos foram revelados pelo portal Metrópoles, na terça-feira, 28. A Caixa afirmou, em nota ao site, que “não tem conhecimento das denúncias apresentadas pelo veículo”.