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Coronel Ferreira é absolvido de assassinato e MPES recorre da decisão

04 fev 2023 - 18:50

Redação Em Dia ES

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Ferreira já foi julgado e foi condenado, em 2015, por ser um dos mandantes do assassinato do juiz Alexandre Martins de Castro Filho
Coronel Ferreira estava sendo julgado, após denúncia do MPES feita em 2008. Foto: Divulgação

O Tribunal do Júri absolveu o coronel da reserva da Polícia Militar Walter Gomes Ferreira e mais dois réus denunciados pelo Ministério Público do Espírito Santo (MPES), por um assassinato em Baixo Guandu, no Noroeste do Espírito Santo.

Em 2015, Ferreira havia sido condenado à prisão por mandar matar o juiz Alexandre Martins de Castro Filho, caso de grande repercussão nacional, ocorrido em março de 2003, em Vila Velha. Ele está preso por esse homicídio.

Ele foi condenado a 23 anos de prisão em regime fechado, pena reduzida posteriormente para 16 anos porque foi retirado o crime de formação de quadrilha.

Desta vez, coronel Ferreira estava sendo julgado, após denúncia do MPES feita em 2008, por participação no homicídio de Esmário Mota Soares, conhecido como Mazinho Mota, no distrito de Alto Mutum Preto, em Baixo Guandu, em 22 de março de 2002. Ele era apontado pelo órgão ministerial como líder de uma rede criminosa que teria cometido diversos crimes no Noroeste do Estado.

O julgamento começou na manhã de sexta-feira (3) e foi até 1 hora da madrugada deste sábado (4), no Fórum Desembargador Otávio de Carvalho Lengruber, em Baixo Guandu. Além de Ferreira, enfrentaram o júri popular pelos mesmos crimes os réus Vilma Aparecida Tesche e Fábio Eugenio Bastos. Os três foram absolvidos, por quatro dos sete jurados, dos crimes de associação criminosa e homicídio duplamente qualificado, praticado em atividade de grupo de extermínio.

A promotoria apresentou o caso por duas horas e meia durante o julgamento, e a defesa fez suas considerações também pelo mesmo tempo. Depois disso, houve o período de réplica e tréplica, que durou mais 4 horas.

Conforme a denúncia ajuizada pelo MPES em 2008, as investigações apontaram que Ferreira e os demais réus fariam parte de um grupo criminoso que contava com uma extensa rede de colaboradores que agiam deliberadamente para cometer crimes diversos, como homicídios, extorsão, agiotagem e coação, sob a liderança de Ferreira.

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Atualizado: 04/02/2023 21:52

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