Os pais do adolescente que matou quatro pessoas e feriu várias outras em duas escolas de Aracruz, deixou a cidade por medo de retaliação. A advogada Priscila Benichio Barreiros, que representa a família, negou que eles tenham sofrido alguma ameaça até o momento e disse que a decisão de deixar Aracruz foi para preservar a integridade deles. A informação foi divulgada pelo portal UOL.
“Eles tiveram de deixar a cidade no mesmo dia do fato. Tinha um clamor muito grande, palavras de ódio e não seria prudente eles ficarem na região. O casal está muito abalado e perplexo com toda essa situação. Eles, a todo o momento, se questionam onde erraram na criação do filho”, disse Priscila.
De acordo com advogada, a família do adolescente ainda não teve contato com parentes das vítimas e nem dos sobreviventes. Porém, haveria interesse por parte deles, mas isso só deve acontecer futuramente.
O pai do atirador é tenente da Polícia Militar do Espírito Santo (PMES). Já a mãe do acusado havia sido professora na escola estadual Primo Bitti, palco do primeiro ataque e colégio onde ele havia estudado.
Polícia investiga se atirador foi treinado pelo pai
A Polícia Civil vai investigar se o pai do atirador de Aracruz, que matou quatro pessoas em duas escolas no Espírito Santo, ensinou o filho de 16 anos a usar armas de fogo. A informação foi divulgada pelo delegado-chefe da corporação, José Darcy Arruda, em entrevista ao Jornal Nacional.
“Vamos investigar, não só se o pai que o ensinou a dirigir, como também se foi o pai que o instruiu a utilizar arma. Se ficar provado que o pai, de certa forma, teve um concurso para esse tipo de comportamento, certamente responderá também”, declarou Arruda.
O autor do ataque em Aracruz foi apreendido na sexta-feira (25/11). Ele usou duas pistolas do pai, que é policial militar, para atirar em funcionários e alunos da Escola Estadual Primo Bitti e do Centro Educacional Praia de Coqueiral.