Saúde

38% das mulheres têm medo da demissão no ES por serem mães, diz estudo

22 nov 2022 - 08:38

Redação Em Dia ES

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A licença amamentação é um direito que deve ser assegurado pelas empresas, incluindo a garantia de um espaço reservado para tal
O direito à licença-maternidade foi regulamentado no Brasil em 1943, com a criação da CLT. Foto: Depositphotos

Desde 1988, após a criação da Constituição Brasileira, as mulheres passaram a ter garantia de estabilidade no emprego, a partir da confirmação da gestação até cinco meses depois do parto, não podendo a mulher ser demitida, mesmo que seu contrato tenha término durante este período. Além disso, o direito à licença-maternidade foi regulamentado no Brasil em 1943, com a criação da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Todavia, conforme constatado pela Famivita – empresa de organização familiar e fertilidade -, em seu mais recente estudo, 27% das mulheres têm medo da demissão por serem mães, ou seja, quando do retorno da licença-maternidade ao local de trabalho. Por faixa etária, o estudo apontou que esse temor é maior entre as mulheres dos 25 aos 29 anos, posto que 30% delas revelaram medo da demissão após a volta da licença-maternidade.

Os dados obtidos por estado apontaram que no Distrito Federal e no Espírito Santo, pelo menos 38% das mães tiveram medo de serem demitidas. Já em São Paulo e no Rio de Janeiro, 31% e 27%, respectivamente, ficaram com receio de serem desligadas após o retorno da licença.

No que se refere à Santa Catarina e Minas Gerais, o percentual cai para 24% das entrevistadas preocupadas com a demissão, nessas circunstâncias.

Importante enfatizar que segundo a legislação, mulheres em uma gravidez de risco podem entrar em licença-maternidade a partir do 28º dia antes da previsão do parto. Vale ressaltar, ainda, que a licença de 120 dias também é válida em relação à adoção. Nestes casos, a data passa a valer a partir da assinatura de termo judicial de guarda.

Outro ponto a ser destacado é que as novas mães também dispõem do direito a duas pausas diárias, de meia hora, para amamentar nos primeiros seis meses de vida do bebê. A licença amamentação é um direito que deve ser assegurado pelas empresas, incluindo a garantia de um espaço reservado para tal.

Demissões
Ainda segundo o estudo, 21% das trabalhadoras brasileiras já foram demitidas logo após voltarem da licença-maternidade, ao local de trabalho.

Por faixa etária, o estudo apontou que as mulheres que menos foram demitidas, depois da licença, têm entre 35 e 39 anos, sendo 84% das entrevistadas. Já os dados por estado demonstraram que os locais onde ocorreram mais demissões foram Espírito Santo, Rio Grande do Norte e Roraima. Em Tocantins, Acre e Amapá é onde houve menos ocorrências nesse sentido.

As informações por estado também revelaram que em Santa Catarina, 56% das mulheres conseguiram voltar ao trabalho após o período da licença-maternidade. No Distrito Federal e em Minas Gerais, pelo menos 63% das participantes retornaram da licença. Já em São Paulo e no Rio de Janeiro, 65% e 68%, respectivamente, voltaram ao trabalho depois do período da licença-maternidade.

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Atualizado: 22/11/2022 08:38

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