O diagnóstico precoce do câncer de mama, segundo especialistas, é fundamental para o tratamento e cura da doença. No Espírito Santo, contudo, um estudo técnico feito pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE-ES) constatou que apenas 16,4% das mulheres do Estado de 50 a 69 anos que dependem do SUS (sem plano de saúde privado) realizaram mamografias de rastreamento no período de um ano.
Na maioria dos municípios capixabas, 41,8% dos exames realizados no período de julho de 2021 a junho de 2022 demoraram mais de 60 dias para terem o laudo liberado.
O tempo de espera entre a solicitação e a liberação do laudo também é grande em algumas cidades, representando risco de retardar o diagnóstico precoce do câncer de mama.
Aumento do pedido de exames
Na análise por município, alguns obtiveram melhora na quantidade de exames realizados ao comparar o período de julho de 2020 a junho de 2021 com o período de julho de 2021 a junho de 2022.
Nessa situação se encontra Fundão, que viu o seu quantitativo de exames crescer de 108 para 168 exames. Contudo, 87,5% dos exames do município no período de julho de 2021 a junho de 2022 demoraram mais de 60 dias para serem liberados.
A análise realizada se baseou nos dados do Sistema de Informação do Câncer (Siscan) e abarcou o período de 2 anos, entre julho de 2020 e junho de 2022, e considerando as mulheres residentes no Estado do Espírito Santo, entre 50 a 69 anos, que dependem do SUS.