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Enquanto 70,7% das pessoas sem deficiência estão empregadas no Espírito Santo, menos da metade (28,9%) das quem tem alguma deficiência tem emprego. Ou seja, o desemprego é maior entre os PCD no Estado.
Os dados são de 2019 e estão na pesquisa Pessoas com Deficiência e as Desigualdades Sociais no Brasil, divulgada nesta quarta-feira (21) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Segundo o IBGE, 31,1% dos PCD no Espírito Santo estão em postos formais de trabalho, enquanto entre as pessoas sem deficiência o total é 52,4%. A desocupação também é maior entre os com deficiência no Estado (8,8%) do que entre as pessoas sem deficiência (8,4%).
Idosos
Segundo a Pesquisa, 318 mil pessoas com 2 anos ou mais no Espírito Santo, o que representa 8,1% da população nessa faixa etária, tem alguma deficiência. O número é maior entre idosos.
No Estado, entre as pessoas com 60 anos ou mais, 25,5% tinham alguma deficiência. Na faixa etária de 2 a 59 anos, esse resultado correspondia a 4,8%. O perfil das pessoas com deficiência é mais feminino (9,5%) do que masculino (6,7%) e maior entre as pessoas pretas ou pardas (8,7%) do que entre as brancas (7,3%).
Ensino médio
Por outro lado, 88,9% das escolas do ensino médio possuem infraestrutura adaptada para alunos com deficiência no Estado. O Censo Escolar 2019, realizado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP), mostra que, nas escolas dos anos iniciais do ensino fundamental, o número é de 60,9%.
Para as escolas dos anos finais do ensino fundamental, essa proporção foi 82,0%, e, nas do ensino médio, 88,9%.
Conselho de Direitos da Pessoa com Deficiência
De acordo com o IBGE, 64,2% das pessoas de 2 anos ou mais de idade que são PCD e residem no Espírito Santo moram em municípios com Conselhos Municipais de Direitos da Pessoa com Deficiência que se reuniram ao menos uma vez nos últimos 12 meses anteriores à data da pesquisa.
Nos anos recentes, houve uma tendência de aumento da atividade dos governos na Internet (egoverno), o que se tornou ainda mais relevante no contexto da pandemia de Covid-19 a partir de 2020.
Entretanto, os dados coletados em 2019 mostraram que ainda havia um grande despreparo em relação a essa questão e apenas 72,3% das pessoas com deficiência residiam em municípios nos quais a página da prefeitura na internet dispunha de alguma característica de acessibilidade dentre as investigadas.
Em relação às pessoas com deficiência visual, estimou-se que 70,7% delas viviam em municípios em que havia serviços eletrônicos com característica de acessibilidade amigável.
Benefício social
No Espírito Santo, quem mora em domicílios com rendimento inferior a 1/2 salário mínimo (R$ 606), o mesmo critério utilizado para inclusão no Cadastro Único para Programas Sociais (CadÚnico) do governo federal, 32,1% das pessoas com deficiência recebem algum benefício social.
Quando se trata de saneamento, as pessoas com deficiência se mostraram com mais carências, pois 72,8% delas tinham acesso simultâneo a serviços de esgotamento sanitário, água por rede geral e coleta de lixo (direta ou indireta) em 2019, contra 74,8% para aquelas sem deficiência.
Também se destacou um menor acesso domiciliar a internet para as pessoas com deficiência (68,3%), cuja proporção situou-se abaixo da observada para as pessoas sem deficiência (89,2%).
