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Terminou sem sucesso o encontro sobre reparação do desastre de Mariana, MG

25 ago 2022 - 10:45

Redação Em Dia ES

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O governador Renato Casagrande lamentou a falta de sensibilidade das empresas causadoras do dano
Terminou sem sucesso o encontro sobre reparação do desastre de Mariana, MG. Foto: Reprodução

Terminou sem consenso mais uma reunião de repactuação do processo reparatório da tragédia ocorrida em Mariana, Minas Gerais em 2015. O encontro reuniu o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luiz Fux, o procurador-geral da República, Augusto Aras, representantes do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), dos governos de Minas Gerais e Espírito Santo, Ministérios Públicos estaduais e representantes das mineradoras Samarco e suas sócias Vale e BHP.

As mineradoras ofereceram entre 60% e 70% do valor esperado, e a proposta não contempla as atuais gerações, segundo avaliaram os participantes do encontro. Nesta quarta-feira (24), a Vale divulgou nota na sequência da reunião, mas sem informações novas. “A negociação segue em andamento. A Vale, como acionista da Samarco, reforça o compromisso com a reparação dos danos causados pelo rompimento da barragem”, diz a nota.

As negociações ocorrem no âmbito de uma mediação conduzida pelo CNJ e voltada para a repactuação de todos os esforços de reparação. Nas redes sociais, o governador do Espírito Santo, Renato Casagrande lamentou a “insensibilidade” das empresas com os atingidos.

“As empresas responsáveis pelo desastre de Mariana praticamente descartaram acordo para reparar os danos ambientais, sociais e econômicos, apesar das reuniões mediadas pelo CNJ. Diante da insensibilidade com os atingidos, caberá à Justiça cumprir com total rigor o seu papel”, postou Casagrande.

Em nota a Fundação Renova informa:

Renova afirma manter ações de reparação

A Fundação Renova divulgou nota em que esclarece que o trabalho de reparação dos danos começou imediatamente após o rompimento da barragem de Fundão, em 2015, em Mariana (MG). Segundo a fundação, as ações consistem no pagamento de indenizações e auxílios financeiros, reassentamentos, recuperação ambiental, monitoramento da qualidade da água e repasses de recursos a municípios e governos estaduais.

De acordo com a Renova, todas as atividades continuaram mesmo durante as negociações conduzidas pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), das quais a Fundação Renova não faz parte.

Até julho de 2022, mais de 400 mil pessoas receberam R$ 11,16 bilhões em indenizações e auxílios financeiros em Minas Gerais e no Espírito Santo. Esse valor integra um total de cerca de R$ 24 bilhões desembolsados nas ações socioambientais e socioeconômicas.

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Atualizado: 27/08/2022 13:19

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