A epidemiologista Ethel Maciel, professora titular da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), foi convidada para compor o comitê nacional de enfrentamento da monkeypox – varíola do macaco. O grupo criado ficará no Departamento de Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis- Ministério da Saúde. O anúncio foi feito pela pesquisadora por meio do Twitter.
A varíola dos macacos entrou no radar dos cientistas – e nas manchetes pelo mundo – depois que surtos da doença foram registrados no mundo. Esse já é o maior surto da doença fora do continente africano de que se tem conhecimento. A doença foi identificada na década de 1950, na África, em duas colônias de macacos mantidos em cativeiro para pesquisas. Por isso, o nome. Mas os primeiros hospedeiros do vírus são roedores.
O primeiro caso no Brasil foi identificado no dia 9 de junho, na capital paulista. No total, são 310 casos confirmados até a última quinta-feira (14). No Espírito Santo dois casos tiveram diagnóstico positivo para a varíola do macaco. O resultado foi divulgado no dia 14 de julho pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa).
“Inicialmente, em 23 de maio, foi criada uma sala de situação para monitorar a doença. Agora há um comitê para auxiliar na criação dos fluxos de vigilância epidemiológicas, recomendar como os casos devem ser notificados e diagnosticados, desenvolver e acompanhar pesquisas e monitorar a doença no país. O que preocupa é que em dois meses a doença se espalhou muito rápido, sendo que já somam 449 casos, sendo a maioria homens, adultos e jovens”, explica Ethel.
Pós-doutora em Epidemiologia e professora da Ufes, Ethel Maciel é referência na área de doenças infecciosas no Espírito Santo e Brasil.
“O enfrentamento da #Monkeypox ficará no Departamento de Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis- Ministério da Saúde. Um novo grupo de trabalho foi criado, pois a doença está em crescimento exponencial no Brasil. Fui convidada para o compor o comitê.”, escreveu Ethel.
