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Em um ano, mais de 120 mil pessoas entram para a extrema pobreza no ES

15 jul 2022 - 09:30

Redação Em Dia ES

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O índice de 2021 é o maior desde 2012 e o avanço significativo das pessoas em extrema pobreza acompanha a curva positiva registrada no Brasil
Em um ano, mais de 120 mil pessoas entram para a extrema pobreza no ES. Foto: Freepik

Em um ano, mais de 120 mil moradores do Espírito Santo entraram para a linha da extrema pobreza. Em 2021, o número de capixabas extremamente pobres chegou a 274 mil, o que equivale a 6,7% da população capixaba vivendo com até R$ 168,13 ao mês.

No ano anterior, estavam nessa mesma situação cerca de 154 mil moradores do Estado, o que representa 3,8%. O índice de 2021 é o maior desde 2012 e o avanço significativo das pessoas em extrema pobreza acompanha a curva positiva registrada no Brasil.

No Brasil, em 2021, 8,4% da população era considerada extremamente pobre e o Espírito Santo é o 10° no ranking da extrema pobreza do país. Para efeito de comparação, o estado com menos pessoas nessa situação é Santa Catarina (2,1%) e o considerado com o maior número da população na extrema pobreza é o Maranhão (21,1%).

Os dados são do estudo Evolução da Pobreza no Brasil e no Espírito Santo entre 2012 e 2021, do Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN). O aumento da população na extrema pobreza e o crescimento da insegurança alimentar no Brasil têm sido apontados por órgãos como a Organização das Nações Unidas (ONU), que considerou a covid-19 um dos fatores para a perda na renda das famílias. O baixo crescimento econômico e elevada taxa de desemprego é outro contexto levantado pelo IJSN no estudo.

A linha de extrema pobreza adotada para o estudo é a de US$ 1,90 per capita dia, estabelecida pelo Banco Mundial tomando como base os países extremamente pobres. Os valores mensais das linhas de pobreza (US$5,50) e extrema pobreza (US$ 1,90): respectivamente R$ 486,70 e R$ 168,13. Segundo o IJSN, essa metodologia é similar a utilizada pelo IBGE na Síntese dos Indicadores Sociais.

Mesmo com o aumento de um ano para outro, a análise do IJSN considerou que entre 2012 e 2021 a proporção de pessoas pobres e extremamente pobres no ES foi substancialmente inferior à média dos estados, mantendo certo paralelismo com a situação nacional. De acordo com o documento, o orçamento destinado para transferência de renda às famílias em situação de extrema pobreza aumentou oito vezes, entre 2018 e 2021, passando de R$ 17 milhões para R$ 136 milhões.

“Quanto à parcela da população extremamente pobre, desde 2019 o ES estava conseguindo diminuir a proporção da população nessa situação, mas com o fim do Auxílio Emergencial em 2021 houve aumento dessa parcela populacional, paralelo ao que se observou na média dos estados. Contudo, se até 2018 o ES constava sempre como a 11ª ou 12ª unidade federativa com menor taxa de extrema pobreza, a partir de 2019 o ES avançou para a 9ª ou 10ª posição com a menor taxa de extrema pobreza”, diz o estudo.

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Atualizado: 19/07/2022 20:43

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