Por meio de levantamentos e denúncias, os órgãos atuaram, principalmente, em pontos em que havia movimentações de terra
Uma operação conjunta, formada por órgãos federais, estaduais e municipais de meio ambiente, encontrou irregularidades e crimes ambientais em municípios da Região Serrana do Espírito Santo. Por meio de levantamentos e denúncias, os órgãos atuaram, principalmente, em pontos em que havia movimentações de terra. As fiscalizações tiveram início na última segunda-feira (27).
De acordo com a Agência Estadual de Recursos Hídricos (Agerh), o foco foi fiscalizar a ocupação e o parcelamento do solo, grande parte para implantação de condomínios irregulares. Mais de 10 autos de infração foram emitidos pelos órgãos envolvidos.
As maiores irregularidades foram encontradas no Circuito do Caravaggio, em Santa Teresa, onde as equipes encontraram áreas descaracterizadas das condições naturais, com cortes de árvores, terraplanagens e barragens irregulares. Pelo menos cinco crimes ambientais foram identificados na região, entre eles captação irregular de água subterrânea, barragens não regularizadas, interrupção do fluxo do rio, construção em área não edificável e movimentação de terra sem licença ou superior ao estabelecido.
Segundo o gerente de Gestão e Infraestrutura Hídrica da Agerh, Rafael Wolfgramm, as intervenções são prejudiciais para o regime hídrico da região. “Cortes e aterros elevam o nível de escoamento, impossibilitando penetração da água de chuva no solo, reduzindo a recarga dos mananciais e aumentando ainda mais o assoreamento dos rios”, avaliou o gerente.
A fiscalização conjunta contou com 12 agentes, e com a operação de drones pelo Iema, que contribuíram com a vistoria de áreas, em especial das áreas de difícil acesso, dando ampla visão das irregularidades cometidas. “Fizemos apoio durante toda a operação com o drone, que foi o principal recurso empregado e possibilitou ter a dimensão dos danos ambientais”, destacou o servidor Manoel Nunes, que faz parte da equipe de Fiscalização do Instituto e participou da operação.
Participaram da operação a Agência Estadual de Recursos Hídricos (Agerh), o Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Iema), o Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Espírito Santo (Idaf), a Polícia Militar Ambiental, as Secretarias de Meio Ambiente dos municípios e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).
