Saúde

Anvisa prorroga prazo de consulta sobre cigarros eletrônicos

13 maio 2022 - 09:00

Redação Em Dia ES

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Especialistas alertam que a moda entre os jovens causa sérios danos à saúde
A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) prorrogou até 10 de junho o prazo da consulta pública sobre os dispositivos eletrônicos para fumar. O prazo inicial terminaria nesta quarta-feira (11). 

Na segunda-feira (dia 9), associações médicas divulgaram nota em que  pedem que a proibição dos dispositivos eletrônicos para fumar sejam mantidas pela Anvisa.

“Ciente da forte pressão da indústria do tabaco, a Associação Médica Brasileira (AMB), a Associação Brasileira de Estudos do Álcool e Outras Drogas (ABEAD), a Associação Brasileira de Saúde Coletiva (ABRASCO), a Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT), a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) e a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), bem como as demais entidades signatárias deste documento, posicionam-se veemente contra a liberação da comercialização, importação e propagandas de quaisquer dispositivos eletrônicos para fumar”.

As entidades destacam o impacto para os jovens. “Além disso, as entidades exigem medidas mais rigorosas para fiscalização e punição de violadores desta resolução e ressaltam a preocupação com o aumento do uso desenfreado desses dispositivos, em especial entre os jovens”. 

Apesar de ser proibido no Brasil, o vape se tornou febre entre os adolescentes nos últimos anos. Mesmo parecendo pouco perigoso, tragar esses objetos pode trazer consequências para a saúde a longo prazo. Por conta disso, uma pesquisa avaliou a melhor forma de convencer os jovens a abandonarem o cigarro eletrônico.

Pesquisa ajuda adolescentes a abandonarem o vape
Um estudo conduzido pela UNC Lineberger Comprehensive Cancer Center avaliou quais mensagens são mais efetivas para fazer os jovens abandonarem o vape. Da mesma forma, a pesquisa também revelou quais fatores mostram esses produtos mais atraentes para esse público. 

Os resultados mostram que mensagens enfatizando os  problemas de saúde causados pelo uso do cigarro eletrônico, exibindo imagens negativas  são mais eficientes para atingir o público. Além disso, o uso de hashtags e outras características de mensagens  “centradas em adolescentes” não ajudam a evitar o consumo desses produtos.

Agora, mensagens com doces, reforçando o sabor do vape foram mais efetivas na hora de incentivar o consumo. “Embora tenhamos antecipado que os anúncios de prevenção de vaping com imagens neutras ou agradáveis ??não seriam tão eficazes, ficamos alarmados ao descobrir que as mensagens relacionadas ao sabor realmente aumentavam a atratividade do vaping”, disse a primeira autora Marcella H. Boynton.

O estudo contou com a participação de 1501 adolescentes que avaliaram aleatoriamente uma série de 200 anúncios contrários ao uso do cigarro eletrônico. Conteúdos neutros, que destacavam danos ao meio ambiente e utilizavam linguagem jovem foram menos efetivos. 

“Cigarros eletrônicos e vaping tornaram-se um grande problema de saúde pública, com o vício em nicotina e outros resultados nocivos aparecendo para os jovens”, explica Seth M. Noar, autor do estudo. “A porcentagem de adolescentes vaping aumentou de cerca de 5% em 2011 para mais de 25% em 2019”, completa ainda. “Essa é uma tendência alarmante, tornando especialmente urgente a compreensão das mensagens eficazes de prevenção de vaping”, finaliza o especialista.
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Atualizado: 13/05/2022 09:00

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