Os dados mostram que, em janeiro deste ano, o estado viveu um tsunami de contaminações causadas pela variante ômicron
Após janeiro de 2022 bater recorde de casos positivos da covid-19 no Espírito Santo, a variante ômicron começa a perder velocidade e a apresentar sinais de estabilidade. Na quarta semana epidemiológica que foi de domingo (23 de janeiro) a sábado (29 do mesmo mês), o estado registrou um total de 105.405 contaminações. Na última semana, do dia 30 de janeiro a 5 de fevereiro, esse número caiu para 60.143. Redução de 42,94%. Lembrando que esses números ainda podem aumentar, devido às amostras ainda não analisadas.
A última semana epidemiológica do ano passado registrou um total de 2.316 casos de covid. Com a disseminação da variante ômicron no estado, na primeira semana de 2022 foram contabilizados 10.694 testes positivos. Esse número cresceu rapidamente e saltou para 32.185 na segunda semana epidemiológica. Entre os dias 16 e 22 de janeiro, 78.769 pessoas foram identificadas com o coronavírus. Atingindo, até então, o pico com 105.405 casos ativos na quarta semana. Um aumento de 4.451% entre a última semana de 2021 e a quarta semana deste ano.
Os dados mostram que em janeiro deste ano, o estado viveu um tsunami de contaminações causadas pela variante ômicron. Até então, o maior número de casos havia sido atingido em março do ano passado, quando houve 66.977 infecções confirmadas do coronavírus. No primeiro mês deste ano, o número saltou para 247.737. Um crescimento de 269,88%. Por outro lado, no que diz respeito às mortes, foram registradas 251 em janeiro deste ano; já em abril do ano passado – pico de óbitos em solo capixaba -, foram contabilizadas 2.086 mortes.
Ao longo da expansão desta quarta onda, especialistas revelaram que a taxa de transmissão da ômicron é muito alta, o que faz com que seja observado um grande número de infectados em um período curto de tempo. O aumento da capacidade de testagem, também permite uma avaliação mais precisa do avanço da doença. Ainda é cedo para cravar uma tendência de estabilização da curva de casos conhecidos, no entanto, os sinais indicam que o auge da onda de contágio começa a ficar para trás.
A tendência da curva de casos provocados pela ômicron tem se repetido em vários países. Há uma forte elevação nos registros da doença no período de 30 a 45 dias depois do registro da primeira ocorrência de contaminação pela nova variante. Depois, os registros começam a cair fortemente. Isso ocorreu na África do Sul, onde a ômicron foi descoberta, e em outros locais, como Nova York. A França passou pelo mesmo quadro e desde ontem os franceses já estão dispensados de usar máscaras em espaços abertos.