O anúncio foi feito pelo secretário de Estado da Saúde, Nésio Fernandes, durante coletiva na tarde desta terça-feira (1º)
Após a recente explosão de casos da covid-19, provocada pela variante ômicron, o Espírito Santo começa a registrar os primeiros sinais de desaceleração da curva de contaminações. Os dados indicam que o estado está próximo de vivenciar um cenário de queda nos casos. A previsão é que, a partir da segunda quinzena de fevereiro, os números de infecções comecem a cair. O anúncio foi feito pelo secretário de Estado da Saúde, Nésio Fernandes, durante coletiva na tarde desta terça-feira (1º).
O secretário explica que, na última semana, a força de crescimento de casos conhecidos desacelerou em relação às duas semanas anteriores. “Nós acreditamos que nesta semana e na próxima, o estado vai alcançar o pico máximo de crescimento de casos com uma estabilização. Na segunda quinzena deste mês, já vamos viver uma fase de recuperação da curva de casos. No entanto, a repercussão dessa carga de doença ainda é muito grande e impacta no comportamento das internações e óbitos. Devemos viver um período crítico em fevereiro”.
Por ter alto poder de transmissão, o curso da ômicron em outros países, como Reino Unido e África da Sul, já indicava que a variante causa um pico de onda muito maior e mais ágil do que as cepas anteriores, mas de menor duração. Vem sendo possível prever o tempo de duração da crise: entre quatro e seis semanas de aumento vertiginoso no número de infecções até atingir o pico, seguido por, da mesma forma, queda acentuada.
No Espírito Santo, o crescimento da curva de óbitos apresentou um comportamento tardio e o pico é esperado para a primeira quinzena deste mês. Nésio detalha que em razão da ampla vacinação no estado, o número de vidas não acompanhou a curva de casos. “Nós temos uma repercussão além da curva de casos. Ela impacta fortemente nas internações e óbitos, mas em proporções bem inferiores que as que vivenciamos nas expansões anteriores da doença vividas no estado”, diz Nésio.
O subsecretário de Estado de Vigilância em Saúde, Luiz Carlos Reblin, alertou ainda que, no mês de janeiro, foram realizados 444 mil testes no Espírito Santo. Isso equivale a pouco mais de 10,8% da população. É um aumento muito significativo, comparado com períodos anteriores. 49% deste total de testes foram positivos. Nos últimos quatro dias, alguns municípios começaram a dar sinais de queda da positividade, e podem estar desenhando um comportamento de estabilização em alguns territórios da expansão da curva de casos.