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Ômicron: ES estuda critérios para autorizar réveillon nas praias

30 nov 2021 - 17:15

Redação Em Dia ES

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Ao Em Dia ES, o subsecretário de Vigilância em Saúde, Luiz Carlos Reblin, afirmou que as cidades do Estado têm autonomia para tomar decisões mais restritivas
A variante ômicron – também chamada B.1.1529 – identificada pela primeira vez na África do Sul, pelo sistema de vigilância das autoridades sanitárias do país, acendeu o alerta entre autoridades de saúde de todo o mundo nos últimos dias.

O Governo do Espírito Santo acendeu o alerta para a nova cepa, e já começa a se mobilizar para enfrentar a variante. 

“O Espírito Santo vê com preocupação a nova variante do coronavírus, a ômicron, já que, resultados iniciais de laboratório mostram que a nova cepa apresenta mais que o dobro de mutações que a Delta, por exemplo. A Sesa já orientou que passageiros que chegam do exterior no Estado devem fazer teste de covid, mas não temos, até o momento, nenhuma notificação da nova variante em solo capixaba”, afirma Luiz Carlos Reblin, subsecretário de Vigilância em Saúde ao Em Dia ES.

Cidades brasileiras anunciaram que cancelaram festas, eventos ou shows de réveillon 2022 por conta da pandemia do coronavírus, que continua afetando o Brasil, e com a possibilidade da variante ômicron aumentar a taxa de contaminados e de mortos pela doença.

Diante das ameaças trazidas pela nova variante do coronavírus, a ômicron, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) estuda critérios a serem adotados nas festas de final de ano – natal e réveillon -, principalmente nas praias. O assunto será tema de uma reunião com os municípios, que pode ocorrer ainda esta semana, e na sequência deverão ser divulgadas as orientações.

“Estamos analisando que, nesse momento, os indicadores mostram uma estabilidade baixa, que permitiria a realização da maioria das atividades e festejos de final de ano. Mas não podemos desconsiderar a presença dessa nova variante circulando em vários países. Estamos aguardando a definição da capacidade de transmissão, se ela é mais resistente a vacinas, e vamos junto aos municípios tomar uma decisão.”, disse Reblin.

Em relação às cidades, se devem ou não seguir as orientações da Sesa, Reblin explica que há regramentos nacionais e estaduais que estabelecem que as gestões municipais podem tornar ainda mais restritivas as orientações”. As cidades têm autonomia para tomar decisões mais restritivas. Então, se um município do Espírito Santo quiser anunciar o cancelamento das festividades de final de ano, é uma prerrogativa que a cidade tem.”, conclui o subsecretário.

O 83º Mapa de Risco do Espírito Santo, que vale entre os dias 29 de novembro e 5 de dezembro, aponta que os 78 municípios estão na cor verde, indicando risco baixo de contaminação pelo novo coronavírus. Para esta modalidade é permitido a realização de festas, mas com algumas restrições, como limite de 50% da capacidade de ocupação em locais abertos.

O problema é que a realização de festa em locais públicos, como as praias, é mais difícil fazer este controle. “Não há condição de contar quantas pessoas estão no local, de restringir o acesso, por isso a necessidade de fazer um consenso. Não temos vedação absoluta para fazer eventos, mas como realizar eventos em um espaço aberto, neste momento?”, observa Reblin.

Até o surgimento da ômicron, que foi classificada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) no último dia 26 de novembro, a Sesa já estava com o planejamento para as festas de final de ano estruturado.

“Já estávamos com tudo desenhado, a vacinação progredindo e veio esta condição da variante. Tínhamos a expectativa de que não teríamos problemas e há alguns dias entramos nesta dificuldade. Se continuarmos com o atual cenário, cobertura vacinal, queda do número de casos, internações e óbitos, dentro dos parâmetros, tudo indica que as festas poderão ser realizadas”, ponderou o subsecretário.

Observa ainda que a discussão sobre os impactos da nova variante é internacional, e que ainda não temos uma avaliação dos impactos no Espírito Santo. “Não tem como mensurar em um cenário tão curto, sobre uma situação anunciada na semana passada. Neste momento não está interferindo, mas se alterar teremos que repensar as orientações”, explica.
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Atualizado: 30/11/2021 17:15

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