Saúde

Médico do ES fala sobre câncer de pâncreas que tem alta taxa de mortalidade

25 jun 2021 - 09:00

Redação Em Dia ES

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O câncer de pâncreas mais comum e que corresponde a 90% dos casos diagnosticados é do tipo adenocarcinoma
Extremamente agressivo e de difícil detecção, o câncer de pâncreas apresenta alta taxa de mortalidade devido ao diagnóstico tardio. No Brasil, é responsável por cerca de 2% de todos os tipos de câncer diagnosticados e por 4% do total de mortes causadas pela doença.

O tumor de pâncreas será abordado neste sábado pelo médico capixaba Carlos Rebello, diretor clínico do Instituto de Radioterapia Vitória (IRV), durante o Congresso Internacional Virtual Boliviano de Cancerologia e Radioterapia, que terá transmissão pela internet.

“O tumor de pâncreas é um dos mais agressivos, ele mata muito. No Brasil, são registradas anualmente mais de 11 mil mortes, segundo o Inca (Instituto Nacional de Câncer). O percentual de sobrevida dos pacientes tratados é de 9,3%, então, é realmente desafiador para os médicos”, afirma Carlos Rebello, que é médico radioterapeuta.

Técnica de tratamento
O especialista, que é um dos conferencistas internacionais que irão participar do encontro, vai falar sobre o tema “SBRT em câncer de pâncreas: é o fim da radioterapia convencional?”.

“A SBRT é uma técnica de tratamento que utiliza doses altas de radiação em poucas sessões de radioterapia. É o que chamamos de hipofracionamento, que melhora o controle local. Ela vem sendo utilizada no tratamento do câncer de pâncreas, associada à cirurgia e à quimioterapia. Essas três formas de tratamento combinadas têm como objetivo aumentar a sobrevida do paciente”, explica Carlos Rebello.

O câncer de pâncreas mais comum e que corresponde a 90% dos casos diagnosticados é do tipo adenocarcinoma, que tem origem no tecido glandular. A maioria dos casos afeta o lado direito do órgão (a cabeça). As outras partes do pâncreas são corpo (centro) e cauda (lado esquerdo).

Este tipo de tumor incide mais entre os homens. Ele é raro antes dos 30 anos e mais comum a partir dos 60. 

Agenda científica
O assunto faz parte da agenda científica do congresso, que acontece nesta sexta e sábado, reunindo 27 médicos conferencistas internacionais do Brasil, Argentina, Peru, Equador, Estados Unidos, Portugal, Costa Rica, México, Chile, Espanha e Paraguai. Além deles, outros 18 médicos bolivianos participarão do encontro como palestrantes.

Na pauta estão os principais avanços na radioterapia. Além desse tema, física médica e radioproteção, oncologia molecular, imunoterapia, e novidades sobre câncer gástrico, de próstata, mama, pulmão e colo uterino estarão em discussão.
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Atualizado: 25/06/2021 09:00

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