Com o anuncio do Ministério da Saúde, na última
sexta-feira (28), sobre a inclusão da população geral (de 18 a 59 anos)
ao Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a Covid-19
(PNO) e somado à vacinação dos públicos já pré-definidos e que estão em
andamento, seja pelo PNO ou pela estratégia estadual, a Secretaria da
Saúde (Sesa) preparou um guia com informações sobre os públicos a serem
vacinados no Espírito Santo.
Ampliação à população geral
A
partir da chegada de uma nova remessa de doses enviadas ao Estado,
ainda esta semana, o Governo fará o envio aos municípios de vacinas
destinada à população geral. O Ministério da Saúde definiu, na última
sexta-feira (28), a inclusão da população de 18 a 59 anos na Campanha de
vacinação contra a Covid-19.
No Espírito Santo foi pactuado, por
meio da Resolução Nº 086/2021 da Comissão Intergestores Bipartite
(CIB), que a operacionalização ocorrerá por faixa etária. O
escalonamento se dá para melhor organização e devido à escassez de
doses.
Assim, a imunização será iniciada dos 55 aos 59 anos,
seguindo 50 a 54 anos; 45 a 49 anos; 40 a 44 anos; 35 a 39 anos; 30 a 34
anos; 25 a 29 anos; 18 a 24 anos.
Além disso, é definido também
por meio da Resolução nº 086/2021 que, do quantitativo de novas doses
que chegar ao Estado, 80% serão encaminhados à população em geral, por
faixa etárias, e 20% mais a reserva técnica serão encaminhados aos
demais grupos prioritários já definidos anteriormente.
Os municípios terão autonomia de iniciar uma nova faixa etária sempre que a anterior atingir a meta de vacinação de 90%.
Maio tem inclusão de sete novos grupos prioritários
Entre
a ordenação do Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a
Covid-19, do Ministério da Saúde, e a antecipação de grupos feita pela
estratégia do Governo do Espírito Santo, no Plano Estadual, o mês de
maio contou com o início da vacinação de sete novos grupos prioritários.
São
eles: comorbidades, pessoas com deficiência permanente, gestantes e
puérperas, trabalhadores do sistema prisional e socioeducativo,
trabalhadores do transporte coletivo rodoviário de passageiro, da
população em situação de rua e dos trabalhadores de portos e aeroportos,
totalizando pouco mais de 640 mil capixabas.
Pessoas com comorbidade: atualizações e novidades
No
início do mês de maio, o Estado deu início à vacinação do grupo de
comorbidades. Em pouco mais de 30 dias, o Ministério da Saúde, por meio
do Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a Covid-19
(PNO), e o Governo do Estado, por meio do Plano Estadual de Imunização
contra a Covid-19, realizaram atualizações, a fim de ampliar e garantir a
vacinação a uma maior parcela da população.
Para a sétima versão
do PNO, o Ministério definiu a inclusão para as comorbidades
prioritárias e as doenças neurológicas crônicas.
São consideradas
doenças neurológicas crônicas: doença cerebrovascular (acidente
vascular cerebral isquêmico ou hemorrágico, ataque isquêmico
transitório, demência vascular); doenças neurológicas crônicas que
impactem na função respiratória, indivíduos com paralisia cerebral;
esclerose múltipla e condições similares; doenças hereditárias e
degenerativas do sistema nervoso ou muscular; deficiência neurológica
grave.
Vale ressaltar que os transtornos mentais não são considerados doenças neurológicas crônicas.
Outra
atualização, ao longo deste mês, foi em relação à definição de
hipertensão arterial para as comorbidades. No Espírito Santo, com a
publicação da Nota Técnica COVID-19 N° 12/2021, fica definido que, no
caso de hipertensão, serão aceitos laudos médicos, cadastro
preexistentes na unidade básica ou declarações do enfermeiro dos
serviços de saúde onde o usuário faz tratamento com a descrição da
comorbidade ou condição existente, com a descrição “hipertensão
arterial”, independente da confirmação de lesão em órgão alvo.
Vacinação para pessoas com deficiência permanente é ampliada
Em
pactuação entre Estado e municípios, por meio da Comissão Intergestores
Bipartite, na Resolução CIB Nº084, fica definida a ampliação da
vacinação a todas as pessoas com deficiência permanente, independente de
receber ou não o Programa de Benefício de Prestação Continuada (BPC).
Como
comprovação no ato da vacinação, o usuário deverá apresentar o
documento de identificação com foto, além de um dos documentos abaixo:
1. Laudo médico indicando a deficiência existente;
2. Declaração do enfermeiro do serviço de saúde onde o usuário faz acompanhamento;
3. Cartão de gratuidade no transporte público que indique condição de deficiência permanente;
4.
Documentos comprobatórios de atendimento da pessoa com deficiência
permanente em centros de reabilitação ou unidades especializadas no
atendimento de pessoas com deficiência;
5. Documento oficial de identidade com a indicação da deficiência que indique se tratar de pessoa com deficiência permanente.
Como funciona a estratégia estadual na vacinação Covid-19
O
Espírito Santo vem se destacando no cenário nacional com a estratégia
estadual de ampliação dos grupos prioritários na vacinação contra a
Covid-19, utilizando, para isso, as doses da reserva técnica.
“Com
a otimização no uso das doses por meio dos municípios, o Estado
consegue, utilizando a reserva técnica, ampliar a campanha para demais
grupos. Utilizamos cerca de 90% da reserva técnica, sem comprometer o
estoque na Rede Estadual de Frio”, explicou a coordenadora do Programa
Estadual de Imunizações e Vigilância das Doenças Imunopreveníveis,
Danielle Grillo.
Por meio dessa estratégia, o Estado já antecipou
a vacinação dos grupos de trabalhadores de segurança, da educação, do
transporte rodoviário coletivo, do sistema prisional, de parte das
pessoas com deficiência permanente sem o Programa de Benefício de
Prestação Continuada (BPC) e de pessoas em situação de rua. “Vale
ressaltar que seguimos rigorosamente o ordenamento do Plano Nacional e
também a estratégia que o Estado estabeleceu, seguindo pela importância
social e de possíveis transmissores da doença”, informou a coordenadora.
Vacina da Pfizer em todo território capixaba
O
Espírito Santo recebeu a primeira remessa de imunizantes da
Pfizer/BioNTech, ainda no começo do mês de maio. Inicialmente, as doses
foram destinadas somente às capitais, devido às especificidades tanto no
armazenamento quanto no manuseio.
Com a suspensão da vacina
Covishield (Oxford/Fiocruz), conhecida como AstraZeneca, no dia 11 de
maio, o Governo Estadual passou a encaminhar o novo imunizante a algumas
cidades polos, a fim de otimizar a vacinação de gestantes e puérperas.
Neste
processo, as equipes estaduais de imunização passaram a capacitar os
profissionais das regionais de saúde e também dos municípios, visando à
ampliação em todo o território. As capacitações ocorreram tanto in loco,
como de forma on-line.
Com a utilização da Pfizer também para o público de comorbidades, o Estado passa a distribuir a todos os 78 municípios.
Mais celeridade na vacinação dos trabalhadores da educação
Na
última quarta-feira (26), os secretários de Estado da Saúde e da
Educação, Nésio Fernandes e Vitor de Angelo, anunciaram por meio de um
pronunciamento on-line o início da vacinação dos trabalhadores da
educação do Ensino Superior. O Estado já havia iniciado a imunização dos
trabalhadores do Ensino Básico.
Além disso, ficou definido
também que a operacionalização das ações será exclusiva dos municípios,
responsáveis pelo agendamento dos grupos, não precisando seguir mais o
escalonamento por idades.