A medida visa a evitar os chamados “fura fila”
A Secretaria de Estado da Saúde (SESA) criou um protocolo para a imunização no Espirito Santo. Atualmente, fazem parte do público-alvo os idosos de 65 a 69 anos. Após a imunização da faixa etária de 60 a 64 anos, serão inseridos no grupo prioritário as pessoas com comorbidades e os profissionais da Educação e da Segurança Pública.
Pessoas que tenham alguma doença que favoreça o agravamento da covid-19, precisará comprovar por meio de laudo para que tenha direito à vacina. “Estamos orientando os municípios para que estabeleçam com a população a emissão da comprovação das suas comorbidades, a emissão de laudos para que possam ter, de fato, a comprovação de que fazem parte do grupo prioritário, evitando furas-filas”, disse o secretário de Saúde, Nésio Fernandes.
Segundo ele, o objetivo é combater fraudes. “O Espírito Santo conta com legislação aplicável para combater eventuais fraudes e furas-filas neste novo momento da vacinação que irá observar dados que exigem comprovação de alguma maneira da comorbidade desse paciente. Qualquer tipo de fraude ou documentação falsa, iremos aplicar todo o rigor da legislação”
Segundo Fernandes, a vacinação dos novos grupos será possível por meio das doses de reserva técnica, chamada reserva de contingência. Ele explicou que trata-se de imunizantes enviados a mais para os Estados para repor eventuais perdas no processo. Agora, elas serão usadas para a ampliação dos grupos.
Casos no Espírito Santo
A expectativa no aumento do público-alvo da vacinação ocorre em um momento crítico da pandemia no Espírito Santo, que deve se agravar ao longo do mês de abril, segundo Nésio Fernandes. Ele apontou que foi alcançado um recorde de números diários de casos no último dia 22 de março. Fernandes alertou que as medidas de isolamento devem ser respeitadas para que a transmissão do vírus desacelere. E isso inclui todos. Tanto doentes, quanto pessoas saudáveis. “Só devemos sair de casa para atividades extremamente essenciais”, reafirmou.
O secretário abordou as altas taxas de ocupação de leitos hospitalares na rede pública, que chegou aos 95,39% nesta segunda. Segundo ele, as dificuldades também estão sendo sentidas pelas redes privada e filantrópica.