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Dia Universal do Palhaço: conheça a história do Risadinha, que leva alegria e diversão por onde passa

09 dez 2020 - 17:30

Redação Em Dia ES

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Desde cedo, Risadinha já divertia a todos ao seu redor e sonhava em ser artista
O Dia Universal do Palhaço é celebrado nesta quinta-feira, 10 de dezembro. No Brasil, começou a ser comemorado a partir de 1981, por uma iniciativa do Abracadabra Eventos, em São Paulo. A data foi criada para homenagear esses artistas, que têm como único objetivo divertir e despertar um sorriso nas pessoas, sejam crianças ou adultos.

O Brasil é terra de diversos palhaços memoráveis, como o Bozo, o Carequinha, o Pimentinha, o Picolino, entre outros. Piolin, o palhaço brasileiro mais famoso, chegou a ser considerado o melhor palhaço do mundo. Foi em sua homenagem que surgiu a comemoração do Dia do Circo em 27 de março, data do nascimento de Abelardo Pinto, que nasceu em 1897. No mundo, um dos nomes mais expressivos foi o de Charlie Chaplin, conhecido como Carlitos, um dos artistas mais importantes da época do cinema mudo.

Em Linhares, um dos maiores nomes desse cenário é o Palhaço Risadinha, muito conhecido no município por seus trabalhos, que sempre levam alegria e diversão para pessoas de todas as idades. A história do Palhaço Risadinha começa em 26 de dezembro de 1960, na pequena cidade de Tambaú, interior de São Paulo, onde nasceu Joaquim Gonçalves de Oliveira. Filho dos trabalhadores rurais, José Gonçalves de Oliveira e Irondina Geralda da Silva, aos sete anos já ajudava o pai na lavoura e na ordenha de vacas, mas não era isso que ele queria para sua vida. Joaquim, desde os seus sete anos, sonhava em ser ator. 

Desde pequeno na escola, onde tinha o apelido de “baixinho”, por ser o menor da turma, Joaquim já transmitia alegria, e assim, mostrava que não era de seu tamanho que eles deveriam rir, mas das brincadeiras que fazia. 

Em 1974, aos 14 anos, a vontade de ser artista de cinema ainda estava em Joaquim, o que o levou ao início de sua longa caminhada rumo às grandes cidades, que ofereciam mais condições para atingir seu objetivo. Deixando Tambaú, ele foi até Santa Cruz de Estrela e ficou por lá até completar 18 anos. 

Em janeiro de 1979, quando já tinha completado sua maioridade, chegou a Porto Ferreira, cidade que imaginava ser a que lhe daria todas as condições para realizar seu sonho. Mas, ele teve uma decepção: não havia nenhum teatro ou cinema na cidade. O agora Risadinha, apelido que recebeu dos amigos de Porto Ferreira pelas suas constantes gargalhadas, não desistiu e conseguiu emprego de servente de pedreiro e se matriculou na Escola Técnica do Instituto Dr. Djalma Forjaz.

Na escola Djalma Forjaz, Risadinha conheceu a professora de Português, Maria Inês. Destino ou não, ela era responsável pelo recém formado grupo de teatro da escola, o Gete (Grupo Experimental de Teatro Evolução), e estava montando o elenco da peça “O Auto da Compadecida”, de Ariano Suassuna, que seria encenada no pequeno auditório da escola. Risadinha se inscreveu para participar e queria ser o palhaço da peça, mas pelo grande bigode que tinha, a professora decidiu que ele seria o cangaceiro Severino de Aracaju.

Outra montagem do Gete foi “O Palácio dos Urubus”, preparada especialmente para representar a escola no II Festival de teatro Estudantil de Tabuí, 1981. Joaquim conseguiu, então, um papel mais próximo do que desejava, e foi escolhido para viver Pemenna, o Imediato do Rei, uma espécie de “bobo da corte”. Foi uma consagração. Neste papel, Risadinha ganhou a crítica de ladrão de cena e recebeu das mãos da atriz Elizabeth Hartmann o prêmio de melhor ator coadjuvante do festival.

Em 1983, o Gete, montou a peça, “O Circo Ra-Ta-Plan”, e Risadinha realizou o sonho que tanto queria representar o papel de palhaço no teatro. E em 1984, o Gete fez sua última peça, “Pluft, o fantasminha”. Após seu grupo de teatro ser desfeito, Joaquim passou a se apresentar sozinho, como o Palhaço Risadinha, e por onde passava fazia “rolar no chão”, de tanto rir.

Chegando aqui em Linhares aos 25 anos, ele tornou-se motivo de orgulho para a cidade. Risadinha realiza trabalho antidrogas em comunidades carentes do município, que também passou pelo estado de São Paulo. Além disso, o palhaço desenvolve também ações em escolas, ensinando através do teatro o que sente uma criança que sofre com o bullying. Por seus projetos sociais e por todas as benfeitorias ao município, Risadinha recebeu, em 2008, o título de Cidadão Linharense, e hoje é querido e amado por onde passa.
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Atualizado: 09/12/2020 17:30

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