Os exames são realizados nas unidades prisionais com o objetivo de prevenir ou detectar o câncer de próstata
A Secretaria da Justiça (Sejus), por meio da Gerência de Saúde Prisional, preparou ações de prevenção e cuidado contra o câncer de próstata no Sistema Prisional do Estado. Desde o início deste mês, exames de Antígeno Prostático Específico (PSA) são realizados em internos acima de 45 anos para marcar a campanha de conscientização Novembro Azul, mês mundialmente dedicado à prevenção da doença.
Os exames são realizados nas unidades prisionais com o objetivo de prevenir ou detectar o câncer de próstata. A expectativa é que 1.200 exames sejam realizados em 100% da massa carcerária elegível.
De acordo com a subgerente de Enfermagem do Sistema Penal, Camila Leal Cravo Duque, o câncer de próstata não apresenta sintomas na fase inicial e quando alguns sinais começam a aparecer, cerca de 95% dos tumores já estão em fase avançada, dificultando a cura.
“O diagnóstico precoce faz toda a diferença para o tratamento da doença e é por isso que realizamos anualmente o exame de PSA no sistema prisional. O PSA é um exame realizado através da coleta de sangue. Caso o médico verifique alguma alteração no resultado, o paciente é encaminhado para o especialista”, explicou a subgerente de Enfermagem.
Os sintomas são:
Vontade de urinar frequente, com dor ou ardor;
Fluxo urinário fraco ou interrompido;
Presença de sangue na urina e/ou no sêmen;
Impotência.
Fatores de risco:
Histórico familiar de câncer de próstata: pai, irmão e tio;
Estilo de vida;
Obesidade.
Novembro Azul
Novembro foi escolhido para o mês da prevenção masculina porque o dia 17 é o Dia Mundial de Combate ao Câncer de Próstata. O Instituto Nacional do Câncer (Inca) aponta que o câncer de próstata representa 29,2% dos casos de câncer nos homens no Brasil.
A prevenção e o diagnóstico precoce são os mais importantes instrumentos para o tratamento e combate do câncer de próstata. Ele é considerado o câncer da terceira idade, já que cerca de 75% dos casos no mundo ocorrem a partir dos 65 anos, no entanto, sua evolução é lenta e pode ser diagnosticado no início, favorecendo um tratamento eficaz e a cura.