Com o descobrimento da doença, visitas periódicas a hospitais podem afetar a autoestima, resultando em problemas psicológicos
Receber um diagnóstico de câncer pode ter diferentes impactos e tornar o tratamento uma das tarefas mais difíceis enfrentadas por uma mulher. Com o descobrimento da doença, visitas periódicas a hospitais podem afetar a autoestima, resultando em problemas psicológicos.
Além da estética, atrelada geralmente à perda dos cabelos devido à quimioterapia, a fragilidade relatada por algumas pacientes também pode ser um fator decisivo.
O Grupo de Apoio a Pessoas com Câncer, atende diariamente com relatos que em alguns momentos a doença pode se provar mais desafiadora psicologicamente, com efeitos colaterais do tratamento que estão diretamente ligados à feminilidade da paciente.
Um exemplo de coragem, é a paciente Carla Cristina, 36 anos, que foi diagnosticada em 2016 com leucemia e desde então faz parte do grupo de mulheres que lutam contra o câncer.
Carla começou o tratamento no Hospital Evangélico de Vila Velha e conta que viu muitas mulheres em tratamento e nesse momento estava decidida a desistir de tudo. Além da dificuldade do dia-a-dia também teria que passar pelo doloroso tratamento contra o câncer. Mas essas mesmas mulheres a motivou e mostrou que é possível enfrentar toda a dificuldade com o apoio do GAPC.
Para ela, o tratamento com a psicóloga e a interação com outras mulheres passando pelo mesmo processo nas terapias alternativas em grupo a encorajou a continuar e não desistir. ‘’Além dos atendimentos com fisioterapeuta, psicóloga e nutricionista, sou imensamente grata pelo por todo o apoio com alimentação e medicação fornecida pela entidade’’, conta a paciente.
”Sempre que estou um pouco indisposta as terapias melhoram minha autoestima e passo pelo tratamento bem melhor. O trabalho realizado nas oficinas já me proporcionou momentos que não vivia há muito tempo, como o simples fato de soltar meu cabelo, fazer uma maquiagem e me sentir mulher, com a autoestima lá em cima’’, relata Carla.
A assistente social, Sidlea Favero, conta que realiza o trabalho de e o papel de amiga. ‘’Nos reunimos, conversamos sobre coisas boas para elas esquecerem o ambiente de hospital”, relata.
Assistente Social também explica que após alguns tipos de cirurgias as pacientes podem ter dificuldade em realizar alguns movimentos e durante os atendimentos realizados no GAPC, é possível perceber a melhora na autoestima trabalhando para que as pacientes possam voltar a realizar atividades do dia-a-dia, como por exemplo, prender o cabelo e abotoar uma camisa.