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Casagrande: “Vamos recolocar o ES no caminho do desenvolvimento econômico e do equilíbrio social”

01 jan 2019 - 09:57

Redação Em Dia ES

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Casagrande iniciou sua fala destacando a sua vice, Jaqueline Moraes
O novo governador do Espírito Santo, Renato Casagrande (PSB), tomou posse em solenidade na Assembleia Legislativa, na tarde deste dia 1º. Em seguida, foi ao Palácio Anchieta onde recebeu a faixa de governador. Em seu discurso, otimista, Casagrande prometeu “recolocar o Espírito Santo no caminho do desenvolvimento econômico e do equilíbrio social”.

Casagrande iniciou sua fala destacando a sua vice, Jaqueline Moraes, “como a primeira vice-governadora do Estado Espírito Santo. É a vez, a voz, a visibilidade da mulher negra no centro do poder do Estado do Espírito Santo”, disse. Enfatizou também: “É com muita honra e, claro, com muito senso de responsabilidade que volto a esta casa para ser novamente empossado no cargo de governador do Estado do Espírito Santo, juntamente com nossa vice-governadora Jaqueline Moraes”.

Casagrande falou de sua trajetória política e fez um balanço do seu governo, a partir de 2011. Avaliando o desempenho governo que ele sucede, disse: “para coroar esse recuo administrativo e político, desabamos do primeiro para o décimo lugar em transparência entre os 27 estados da federação. É claro, com o aprofundamento da crise nacional nos últimos quatro anos trouxe dificuldades adicionais para a gestão que agora se encerra, mas não podemos aceitar de modo algum que tais dificuldades sejam apresentadas como justificativa para a ênfase exclusiva e a nosso ver obtusa, dada somente ao aspecto fiscal. Temos a mais absoluta clareza de que essas dificuldades não foram superadas e que há ainda muitas e graves ameaças em nosso horizonte próximo, mas temos certeza também de que reunimos as condições necessárias para enfrentar com eficiência os desafios de hoje e as turbulências que nos aguardam”.

O governador prossegue afirmando: “A minha confiança ao fazer essa declaração não nasce de um otimismo ingênuo ou de uma expectativa de soluções mágicas, externas ao nosso esforço. Nasce sim da constatação de que mesmo ainda sofrendo os efeitos da crise nacional, reunimos os recursos, capacidade e experiência e determinação para recolocar o Espírito Santo no caminho do desenvolvimento econômico e do equilíbrio social”.

Contato com Bolsonaro

“Neste momento também toma posse o presidente Bolsonaro. Estive em contato com ele e com sua equipe. O que esperamos e vamos cobrar é que o governo federal cumpra com o seu dever com a sociedade capixaba. Principalmente em relação aos investimentos em infraestrutura. O Espírito Santo ainda está em uma plataforma logística da década de 1960. Só agora temos um aeroporto adequado. Só agora começamos a duplicar a BR 101. Estamos engatinhando na duplicação da BR 262. Esperamos criar uma ponte com o governo, via nossa bancada de parlamentares na Câmara”, disse Casagrande.

O governador também destacou a figura do ex-governador Gerson Camata, falecido na semana passada. “Quero registrar aqui minha consternação pela morte trágica do ex-governador Gerson Camata. Ele era uma pessoa que reconhecia a importância da luta política e com a tolerância de ideologias. Fará uma grande falta ao Estado”.

Portas abertas

“Nesses 33 anos de redemocratização política as instituições sempre prevaleceram. Passamos por dois impeachments e saímos amadurecidos. As portas do Palácio Anchieta estarão sempre abertas para a população e quem quiser debater projetos divergentes dos nossos e que possam fazer o Estado avançar”, disse.

Perfil do governador Renato Casagrande

Futuro chefe do Executivo capixaba já exerceu mandatos parlamentares: foi deputado estadual e federal, além de senador

O governador eleito, José Renato Casagrande (PSB), iniciou a caminhada na política ainda na faculdade, militante do Partido Comunista do Brasil (PCdoB) e também à frente do Centro Acadêmico da Universidade Federal de Viçosa, onde se formou no curso de Engenharia Florestal. Casagrande tem 57 anos e é natural de Castelo.

Também formado em Direito, Casagrande carrega a experiência de diferentes mandatos eletivos: deputado estadual (1987-1991), vice-governador (1995-1999), deputado federal (2003-2007), senador (2007-2010) e governador do Espírito Santo (2011-2014). Em 2018, Casagrande foi eleito em primeiro turno, com 55% dos votos. Ele compôs a chapa com a ex-vereadora de Cariacica, Jacqueline Moraes (PSB).

Dias após o resultado, eles fizeram uma visita institucional à Assembleia Legislativa. Em outra oportunidade, em entrevista à Web Ales, Casagrande falou sobre as prioridades de seu mandato e sobre a relação com o Legislativo, essencial para a governabilidade.

Bacharel em Engenharia Florestal

1979-1983: Universidade Federal de Viçosa (MG) – UFV

Na Universidade Federal de Viçosa ingressou na vida política como militante do Partido Comunista do Brasil (PC do B) e como dirigente do Centro Acadêmico da instituição. Ainda neste período, filiou-se ao Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB), em 1982.

Bacharel em Direito

1987-1991: Faculdade de Direito de Cachoeiro de Itapemirim (FDCI)

No mesmo ano que iniciou o curso, filiou-se ao Partido Socialista Brasileiro (PSB), o mesmo pelo qual foi eleito em 2018.

Deputado Estadual

1991-1994: Assembleia Legislativa do Espírito Santo (Ales)

No pleito de 1990, tornou-se o primeiro deputado estadual da história do PSB capixaba, alcançando 5.060 votos.

Vice-Governador do Espírito Santo

1995-1999: Palácio Anchieta

Tornou-se vice-governador do Espírito Santo com a eleição do candidato Vitor Buaiz (PT), nas eleições de 1994. Já no primeiro ano do governo (1995), assumiu o cargo de secretário de Estado da Agricultura e tornou-se membro do Conselho Estadual de Meio Ambiente (Consema).

Deputado Federal

2003-2007: Câmara Federal

Com 69.721 votos foi eleito deputado federal pelo PSB, no pleito de 2002. Em 2003 assumiu o mandato, tornando-se vice-líder do seu partido e participando como membro titular das comissões especiais para projetos de emenda constitucional (PEC) sobre a reforma do Judiciário e também da reforma tributária. Em 2004 foi apontado como líder do PSB na Câmara.

Em 2005 tornou-se membro titular de cinco comissões permanentes do Congresso Nacional: Fiscalização Financeira e Controle; Minas e Energia; Agricultura e Política Rural; Constituição e Justiça e de Cidadania; Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável. Em 2006 atuou como membro da Comissão Permanente de Finanças e Tributação e foi o primeiro vice-presidente da Comissão Especial para Gestão do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé).

Senador da República

2007-2010: Senado Federal

Em 2006 foi eleito senador da República com uma expressiva votação de 1.031.487 votos, número correspondente a 62,39% dos votos válidos. Assumiu o mandato em 2007, ano em que também foi escolhido como líder do PSB no Senado. Tornou-se titular das seguintes comissões permanentes: Educação, Cultura e Esporte; Meio Ambiente; Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle; Ciência, Tecnologia, Inovação, Comunicação e Informática, e de Assuntos Econômicos. Como relator do Conselho de Ética do Senado, recomendou a cassação do mandato do então presidente do Senado, Renan Calheiros, envolvido em denúncias de corrupção, acusado de receber ajuda financeira de um lobista para o pagamento de despesas pessoais. Apesar da recomendação pela cassação do político, o Senado absorveu Renan Calheiros, após três meses de investigação do caso.

Governador do Estado do Espírito Santo

2011-2014: Palácio Anchieta

No pleito de 2010 foi eleito o 47º governador do Espírito Santo com 1.502.070 votos, correspondente a 82,30% do total dos votos válidos.
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Atualizado: 01/01/2019 09:57

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