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Mulher se revolta após tentar vacinar bebê reborn e caso viraliza na web

23 maio 2025 - 14:49

Redação Em Dia ES

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Segundo a prefeitura, objetivo da mulher era filmar o procedimento e postar em redes sociais
O caso ocorreu em janeiro, mas veio à tona nesta semana. Foto: Davaiphotography/Shutterstock

Uma mulher procurou uma Unidade Básica de Saúde (UBS) em Itajaí (SC) na tentativa de vacinar uma bebê reborn. Diante da negativa por parte dos funcionários, ela demonstrou indignação e deixou o local.

Segundo a prefeitura, ela chegou ao local com a boneca e a filha de 4 anos. Inicialmente, a profissional que fez o atendimento pediu a carteira de vacinação, imaginando que a menina receberia o serviço. Após isso, a mulher negou e solicitou que a injeção fosse dada na boneca, para que ela pudesse filmar e postar nas redes sociais.

O corpo técnico da UBS explicou que não seria possível prosseguir com o procedimento, uma vez que seriam desperdiçados equipamentos adquiridos com dinheiro público e que são utilizados exclusivamente em seres humanos.

Conforme a gerência da UBS, a mulher teria retrucado afirmando: “o que tem? É só abrir uma seringa, só abrir uma agulha e fingir que deu”. Diante da recusa dos profissionais, ela deixou o local exaltada.

O caso ocorreu em janeiro, mas veio à tona nesta semana. Na época, foi gerado um comunicado aos gestores das demais unidades para que se atentassem à possibilidade da mesma mulher procurar o atendimento à bebê reborn.

Entenda polêmica que tem crescido nas redes sociais
As redes sociais têm uma nova polêmica: os bebês reborn, bonecas hiper-realistas. Vídeos publicados no TikTok e no Instagram mostram adultos tratando o brinquedo como crianças de verdade, agendando consultas médicas, dando mamadeira, trocando de roupa, levando para passear e até tentando usar assento e filas preferenciais.

De um lado, há quem critique e até questione a sanidade dos adultos que supostamente têm tratado as bonecas como filhas “de verdade”. Já outra parte dos internautas aponta um suposto viés machista nos argumentos.

“Me recuso a entrar na pauta do bebê reborn porque, na minha concepção, se tem homem de 40 anos vestindo camiseta do Superman e colecionando action figure, tá mais do que liberado brincar de boneca”, escreveu um usuário do X.

A polêmica chegou até o Congresso Nacional e motivou a elaboração de novo projeto de Lei, apresentado na Câmara dos Deputados na última quinta-feira (15).

O texto prevê multa de até 20 salários mínimos para quem tentar conseguir, utilizando bebês reborn, qualquer tipo de benefício, prioridade ou atendimento previsto para bebês de colo.

A proposta ainda precisa ser discutido e passar pela Câmara dos Deputados e o Senado. Se aprovada, vai para sanção ou veto presidencial.

O que é um bebê reborn?
Um bebê reborn é uma boneca hiper-realista feita artesanalmente. O modelo existe desde o começo dos anos 2000, mas tem sido aprimorado com novos materiais há cerca de três anos para, cada vez mais, se parecerem com bebês reais.

Esse tipo de boneca pode custar entre R$ 750 e R$ 9,5 mil, a depender do material e da complexidade de produção. As mais caras são as feita de silicone sólido, material mais parecido com a pele de recém-nascido.

Algumas têm até dispositivos que imitam batimentos cardíacos e/ou que permitem que o bebê receba mamadeira e “urine”, por meio de um cano interno.

As bonecas podem ter diferentes características: cor de pele, dos olhos e até reproduzindo sinais físicos da síndrome de down. São utilizadas referências de bebês reais e, no caso dos modelos de silicone, desenhadas camada por camada, até formar cada dobrinha, unha e detalhe.

Os cabelos, de pelo de cordeiro, são fixados fio a fio. Algumas bonecas acompanham ainda um cordão umbilical, também feito de silicone. Tudo pode ser personalizado.

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Atualizado: 23/05/2025 15:18

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